Coletivo indígena da UEPG busca garantir preservação linguística

“A gente precisa pensar que as pessoas têm jeitos diferentes de ser e estar no mundo”, afirma a Coordenadora do Coletivo de Estudos e Ações Indígenas (CEAI) e professora do departamento de Letras, Letícia Fraga. O Coletivo tem o objetivo de preservar e apoiar as comunidades indígenas, para isto constrói ações em prol destas comunidades. Um dos destaques é o trabalho direcionado à população indígena dentro da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Durante a pandemia, o coletivo está divulgando informação de prevenção da Covid-19 adaptadas culturalmente à realidade dos povos indígenas, respeitando os seus hábitos, como o compartilhamento de objetos, pratos e cuias. Outra preocupação do coletivo é garantir que as orientações contra o novo coronavírus cheguem até as comunidades indígenas. Assim, integrantes do coletivo estão traduzindo para a linguagem Guarani os materiais com orientações e compartilhando nas redes sociais para ter um alcance maior.

Letícia Fraga comenta que essas ações estão ligadas à preocupação que os alunos e alunas da UEPG têm com a manutenção das línguas indígenas, já que no estado do Paraná, diferente de outros lugares, as comunidades indígenas conseguem até hoje preservar a sua língua. No pensamento indígena “A língua é uma forma de preservação da cultura e a cultura é uma forma de preservação da língua”, complementa a coordenadora.

Outra ação do coletivo de enfrentamento à pandemia é auxiliar no levantamento de recursos para os povos indígenas que estão impossibilitados de sair das aldeias para vender seus trabalhos e artesanatos. Pelas redes sociais, o coletivo está vendendo rifas e divulgando “vaquinhas”.

As redes sociais do coletivo podem ser acessadas e acompanhadas pelo Twitter @CeaiColetivo, pelo Instagram @ceai_oficial e pelo facebook.

Por Catharina Iavorski Edling

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