8 em cada 10 mulheres de PG não conhece a Casa da Mulher

Inaugurada no início deste ano, a casa presta variados serviços à mulheres vítimas de violência

Desde o final de março de 2022, a Casa da Mulher atende vítimas de violência domésticas em Ponta Grossa. Porém, o espaço administrado pela prefeitura, através da Secretaria Municipal da Família e do Desenvolvimento Social (SMEDS), da Fundação de Assistência Social (FASPG) e da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública (SMCSP) ainda não é conhecido por muitos ponta-grossenses e, principalmente, pelo público feminino. Em uma enquete realizada pela reportagem do Projeto Elos, entre os dias 18 e 19 de abril, constatou-se que a cada dez mulheres, somente duas sabem da existência da Casa da Mulher. Entretanto, ninguém soube responder com exatidão quais são os serviços realizados pela equipe do local. 

Atualmente, a equipe da Casa da Mulher conta com advogadas, assistentes sociais, guardas civis municipais e atendimento psicológico. Vale destacar que a maioria da equipe é composta por mulheres. Logo no primeiro mês de assistência, foram atendidas 35 mulheres. A advogada Camila Sanches é responsável pela coordenação do local, ela explica que os serviços prestados pela Casa da Mulher variam desde assistência social até acolhimento psicológico, através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). “Aqui fornecemos toda uma rede de proteção à mulher que é vítima de violência doméstica, para que ela se sinta acolhida”, enfatiza.

O objetivo da Casa é, justamente, centralizar o atendimento à mulher e fornecer diversos serviços em apenas um endereço. Além dos serviços já citados, a Casa da Mulher conta com a parceria do projeto Elas por Elas, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PG) e da Patrulha Maria da Penha. Liliane de Oliveira Chociai que atua como assistente social da Casa reforça que o local conta com seis guardas civis municipais, que atuam pela Patrulha Maria da Penha. “Nos horários em que, tanto a Casa como a Patrulha não estão em funcionamento, a Guarda Civil Municipal atende as vítimas, indo até as residências para que nenhuma mulher fique desprotegida.”, destaca.

Os guardas e policiais encaminhados para o atendimento das vítimas recebem um treinamento específico para o acolhimento momentâneo das mulheres. A capacitação é  anual e possui certificado de 80 horas e também dispõe de porte de arma de fogo. “Com isso, os profissionais da segurança se tornam aptos para prevenir uma situação de risco, porém oferecem um atendimento humanizado, que tenha uma escuta”, aponta Liliane.

Em casos de ameaça de morte, por parte do agressor, a vítima que chega na Casa da Mulher pode ser encaminhada para a Casa Colina Portugal, que fornece o acolhimento institucional temporário à mulher vítima de violência e seus familiares. Outra alternativa são os centros de acolhimentos oferecidos por famílias voluntárias. Segundo as funcionárias da Casa da Mulher, a violência mais identificada é a psicológica, por passar despercebida pelas vítimas. Em seguida, é a dependência química dos parceiros, que leva a agressão.

A representante do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) presente na Casa da Mulher, Reni Aparecida Eidam, também destaca a necessidade da assistência social e psicológica prestadas no local, uma vez que as demais unidades da cidade têm outras demandas a serem atendidas. A Casa da Mulher é localizada na rua Cel. Theodoro Rosas,

número 1651. O local abre de segunda a sexta-feira, das 9 horas às 17 horas da. Em caso de denúncia contra a violência doméstica disque 180, ou acione a Patrulha Maria da Penha através do 153.

 

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