Baixa representatividade das mulheres afeta implementação de políticas públicas voltadas para essa população
De acordo com o IBGE, as mulheres compõem mais de 51% da população brasileira, segundo dados de 2010, e mesmo representando mais da metade da população, essa porcentagem ainda não é refletida nas instâncias políticas. Segundo o site oficial do Senado Federal, as mulheres ocupam apenas 12 das 81 cadeiras disponíveis, ou seja apenas 14,8%, e no site oficial da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná o quadro ainda é mais desigual, das 59 vagas só 5 são ocupadas por mulheres, correspondendo a 8,47%. E ainda sofrem assédios, invalidações e questionamentos da sua capacidade como profissional.
Ponta Grossa é uma cidade com pouca representatividade da mulher na política,mas no ano das eleições de 2020, fez história sendo a única cidade no Brasil a apresentar duas mulheres para o segundo turno para o cargo de prefeita da cidade. A professora Elizabeth Schmidt (PSD) ganhou a disputa por uma diferença de 4,76% de votos contra a deputada Mabel Canto (PSC). As duas candidatas viraram notícia nos jornais e também se tornaram alvo de comentários machistas nas redes sociais.
As mulheres que fazem parte da política entendem pela própria experiência as precariedades e singularidades do universo feminino, podendo contribuir com a idealização de políticas públicas de saúde, segurança e melhorias nas condições de trabalho. Em função disso surgem alguns movimentos para incentivar as mulheres que querem fazer parte desses cargos, um exemplo disso é o movimento #ElasNoPoder que oferece seminários, mentorias gratuitas no site (elasnopoder.org), campanhas e cursos de formação. Tudo em função de apoiar umas às outras para que possam viver num mundo mais próximo da igualdade de gêneros.
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