Iniciativa oferecerá capacitação, acolhimento e independência financeira, promovendo direitos e desenvolvimento pessoal com ênfase na saúde e empreendedorismo solidário.
Por: Isabelli Piva e Leonardo Correia

O projeto Coletivizando: Parto Humanizado, realizou seu lançamento na penúltima sexta-feira (24) de Outubro, no salão da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (FASPG), local onde o programa criado pela Associação União das Mulheres dos Campos Gerais (AUMCG) ativa desde 2014, com o apoio da Fundação Banco do Brasil, apresentou suas propostas para o público, em especial, sobre a valorização, capacitação e o acolhimento para mulheres gestantes, com foco nas jovens negras e pardas de comunidades periféricas.
Disponível para 160 mulheres, o projeto tem quatro eixos principais, que buscam promover a independência financeira, conhecimentos sobre a maternidade, direitos da mulher e formação técnica. As inscritas serão capacitadas em economia solidária, formação humana, saúde e bem estar, empreendedorismo e renda solidária. Entre os encontros, haverá palestras e oficinas gratuitas e as mulheres receberão um kit enxoval confeccionado em conjunto no projeto. O local dos encontros e oficinas será divulgado em breve pelo Instagram da União das Mulheres dos Campos Gerais (AUMCG) aos grupos formados, garantindo um espaço adequado e acessível a todas as participantes.
Várias representantes responsáveis pela ação e por postos políticos, sociais e da saúde compareceram ao evento, entre elas: Presidente da associação união das Mulheres e dos Campos Gerais, Presidente também do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Ponta Grossa Andrea Marques Ribeiro, a Prefeita de Ponta Grossa Elizabeth Schmidt, a Coordenadora Geral de Fortalecimento da Rede de Atendimento da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Ministério das Mulheres, Maura Luciane Souza, Presidente da FASPG Tati Belo , Presidente da Fundação Municipal de saúde Lilian Brandalise e a Representante do Concelho Municipal de Promoção da Igualdade Racial Cristiane de Fátima Zelenski.

Para a criação de políticas públicas para as mulheres no país, é importante discutir políticas de gênero, equidade e misoginia. A coordenadora da Rede de Atendimento da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres Maura Luciane Souza traz em sua fala: “O projeto é essencial para fortalecer de fato o compromisso da sociedade com o enfrentamento à violência contra as mulheres, mas também pela promoção dos direitos delas. São muitos direitos que elas têm, que estão no papel, estão na Constituição Federal e que a gente, para fortalecer, precisa implementar”, ressalta.
Para a Presidente da Associação União das Mulheres e dos Campos Gerais, Andrea Marques, o projeto busca o desenvolvimento pessoal e o acolhimento das gestantes, especialmente jovens que não recebem apoio familiar ou da comunidade, mulheres negras, pardas, indígenas e periféricas. “O projeto tem o sentido de dar oportunidade para as mulheres, de dar um sentido de crescimento pessoal, um crescimento coletivo, mais humano, mais solidário, de acolhimento”, conclui.
