Após a grande falta de matérias que servissem como funcionalismo do Jornalismo para as mulheres, a editoria Cidades do Diário dos Campos trouxe uma notícia útil e importante nesse sábado, dia 17 de novembro. Sob a manchete “Como ajudar mulheres vítimas de violência” a jornalista conta sobre a criação da Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, além de colocar dados impactantes ao leitor. Ao longo do texto, é abordado as diversas formas de violências que as mulheres sofrem e de que forma elas podem denunciar. Outro ponto importante para destacar, é a atenção da jornalista em detalhar o trabalho local contra esse tipo de violência.
Uma matéria similar foi veiculada no jornal laboratorial Foca Livre (204), com os mesmo pontos destacados no DC. Embora seja sempre importante enfatizar as ações que a própria cidade dispões para a prevenção da violência contra a mulher. Vale destaque para o uso de apenas fontes mulheres na construção do texto. O que torna o texto final mais condizente com a pauta, deixando-o a mais rica e respeitando os locais de fala.
Alguns pontos negativos permeiam a matéria. No final do texto, embora a retranca dê destaque para o Núcleo Maria da Penha (Numape) os números úteis não apresentam nada sobre o projeto extensionista vinculado a UEPG que dá suporte psicológico, social e jurídico às mulheres em situação de violência. O Núcleo pode ser contatado pelo telefone (42) 3220- 3475 e fica localizado na rua Maria Perpétua da Cruz, atendendo de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h e das 13h30 às 16h30. Outro ponto, embora não atrapalhe a interpretação do conteúdo, é o vídeo com o trabalho da Patrulha. Ótima ideia, porém poderia ter sido aproveitada de maneira mais aprofundada do que somente imagens posadas.
São matérias nesse sentido, e outras ainda mais aprofundadas que o jornalismo necessita. O assunto não pode ser passado de forma superficial e devemos sempre mostrar a violência. Os e as jornalista precisam pautar os meios que a sociedade possui para lutar e mostrá-la que ela tem voz, caminho e ajuda para enfrentar a opressão.
Por João Pedro Teixeira