CARTA ABERTA À DIREÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO E À CHEFIA DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PONTA GROSSA

Face à notícia veiculada na mídia no dia de ontem,
https://www.instagram.com/p/C8clJ76OL2W/?igsh=cGoxMWptY28yOWQw , vimos a
público manifestar nosso repúdio a qualquer ato de assédio, importunação ou outra
violência de cunho moral ou sexual, cometida contra estudantes da Educação Básica.
Educadores, Educadoras e demais responsáveis que se encontrem no âmbito escolar,
tem por obrigação, zelar pelo respeito e ética. Não é aceitável a conivência com práticas
de assédio no ambiente escolar, espaço esse que deve ser referência de democracia,
segurança e integridade para crianças, adolescentes e jovens.
Entendemos como conduta fundamental das instituições de ensino, enfrentar e prevenir
práticas de opressão como machismo, sexismo, misoginia, racismo, lbgtfobia,
transfobia, entre outras práticas discriminatórias e não recorrer ao viés da ameaça, da
intimidação e do constrangimento ilegal de alunos menores de idade e especialmente,
de seus responsáveis. Os mesmos não devem ser dissuadidos e sim, ouvidos pelos
meios legais e competentes.
Entendemos como reprováveis quaisquer condutas que caracterizem ameaça ou
constrangimento ilegal a todas as pessoas envolvidas.
Reiteramos a importância de denunciar situações de assédio, importunação ou qualquer
outra violência de cunho moral ou sexual sofridas em qualquer ambiente, por meio dos
canais legais, pois somente por meio da denúncia aos órgãos qualificados, se torna
possível coibir tais atos a fim de afinar o discurso com a prática.
O assédio deixa consequências graves para as suas vítimas, que, além de sofrerem
com o mesmo, ainda são descredibilizadas por quem deveria acolher.
Não são aceitáveis a omissão, muito menos desqualificar os relatos, quando ocorrem.
Finalmente, nos comprometemos a acompanhar os casos até a sua completa
elucidação e nos colocamos à disposição para contribuir na promoção de campanhas e
atividades formativas para evidenciar que o assédio, seja ele moral ou sexual, nem
sempre se dá de forma explícita. E que as instituições de Ensino devem estar aptas
para enfrentar, prevenir e encaminhar atos dessa natureza para os órgãos competentes.
Assinam essa carta os seguintes Grupos e Entidades:
COMPIR – Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial
CASSD – Centro Acadêmico de Serviço Social Divanir Munhoz
CAJOR – Centro acadêmico de Jornalismo João do Rio – UEPG
DAGLAS – Diretório Acadêmico de Geografia Luiz André Sartori – UEPG
DALHIS – Diretório Acadêmico Livre de História – UEPG
ENESSO – Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social
GAIA MINA – Coletivo Feminista
GEPEC – Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de Ciências – UEPG
ISNEC – Instituto Sorriso Negro dos Campos Gerais
LAGEDIS – Laboratório de estudos de gênero, diversidade, infância e subjetividades UEPG
NEPIA – Núcleo de Estudos, Pesquisa, Extensão e Assessoria sobre a Infância e a Adolescência –
UEPG
NEDDIJ – Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude – UEPG
NEP – Núcleo de Educação para a Paz UEPG
NUMAPE – Núcleo Maria da Penha – UEPG
UMES – União Municipal de Estudantes Secundaristas
UBM – União Brasileira de Mulheres – UBM
SINTESPO – Sindicato dos Técnicos e Professores da UEPG
SINDUEPG – Sindicatos dos Docentes da UEPG
Grupo de Pesquisa Jornalismo e Gênero – UEPG
Projeto de Extensão Jornalismo, Direitos Humanos e Formação Cidadã – UEPG
Projeto de Extensão O que você estava vestindo? – UEPG
COLETIVO DE DOULAS PG
COLETIVO JUNTOS
ONDA MAIO FRUTA COR
FRENTE FEMINISTA DE PG

Ponta Grossa, 21 de Junho de 2024.

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