A fachada do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ganhou as cores da bandeira LGBT na terça-feira (25), em comemoração ao mês do Orgulho Gay. Colocada pelo Grupo Universitário de Diversidade Sexual e Identidades de Gênero (GUDI-UEPG) e o Diretório Central Estudantil (DCE), a bandeira, que representa gays, lésbicas, travestis, transexuais + ficará por apenas alguns dias na fachada na Universidade.
Para a estudante de Letras e membro do DCE, Clara do Prado, é preciso mostrar as cores do grupo e também lembrar os 50 anos do ataque na boate Stonewall. “A intenção era colocar a bandeira no dia 28, pela data simbólica, porém em razão da greve dos professores adiantamos uns dias para que possam ver a bandeira que foi colocada junto com os estudantes, DCE e o GUDI”, explica Clara.
Stonewall- um marco para a comunidade LGBT mundial
Em 1969, frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova York, decidiram se rebelar contra a repressão policial. Naquele tempo, ser homossexual era considerado crime nos Estados Unidos. Vestir peças de roupas que não fossem relacionadas ao que culturalmente se convencionou como ligação ao gênero de nascimento poderia ser motivo para prisão. A venda de bebidas alcoólicas também era proibida para esse grupo.
No dia 28 de junho, a polícia apareceu no bar, como era de costume, batendo e ameaçando prender os clientes, assim como ameaçando prender os empregados por vender bebidas ilegais, e prendendo vários clientes por conta das vestimentas “inapropriadas”. O público que estava no lugar começou a jogar garrafas nos policiais, o que causou confrontos que se seguiram por dez dias.
Um ano depois surge a primeira Parada do Orgulho LGBT
Em 1970, dez mil pessoas se reuniram para comemorar um ano da revolta, dando início às paradas LGBT+, que acontecem em vários lugares do mundo. No Brasil, a mais frequentada é da São Paulo, que no ano de 2019, no dia 23 de junho, reuniu cerca de 3 milhões de pessoas, segundo a organização do evento.