Em todo o mundo, o uso de medicamentos à base de canabidiol estão possibilitando a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Segundo a médica integrativa Amanda Medeiros Dias, certificada em medicina endocanabinoide, a cannabis sativa tem ajudado pessoas diagnosticadas com ansiedade, parkinson, depressão, epilepsia, entre outras enfermidades. “A cannabis tem curado e ajudado as pessoas há mais de 12 mil anos”. De acordo com a médica, o preconceito que a sociedade tem com a cannabis é uma das principais causas de resistência contra os medicamentos.
A diretora da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis, Melissa Vicentini, tem um filho diagnosticado com epilepsia e que faz o uso de medicamentos à base de canabidiol. “Pedro ficou 9 dias sem convulsionar após iniciar o tratamento com cannabis sativa”, relata Melissa, emocionada. A diretora ainda questiona o porquê não tratar a cannabis como primeira opção de tratamento já que a eficácia é maior e mais rápida.
O projeto de Lei n°174/2023 tem como objetivo garantir a distribuição gratuita de medicamentos à base de cannabis sativa para pacientes que tenham laudo médico. Para promover e demonstrar apoio ao Projeto de Lei, bem como colocar em evidência a importância do debate sobre o tema, foi realizado na terça-feira (19) o painel “Cannabis Sativa: aspectos legais e uso medicinal”, no Grande Auditório da UEPG. O evento foi promovido pelo projeto Democracia & Direitos Humanos, do curso de Jornalismo da UEPG, com apoio dos projetos Elos (Jornalismo) e LAMA (Agronomia), em parceria com o Mandato Coletivo do PSOL e o SINDUEPG.
Um abaixo-assinado foi criado para apoiar o Projeto de Lei. “É importante que a população apoie, caso contrário a lei não entrará em vigor mesmo sendo aprovada na Câmara”, expõe Guilherme Mazer, político do Partido dos Trabalhadores (PT) que atuou como mediador do painel.
Por Amanda Grzebielucka