Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica caracterizada por desafios na interação social, na comunicação verbal e não verbal, e por padrões repetitivos de comportamento. Descrito pelo DSM-V (2018), como um dos Transtorno do Neurodesenvolvimento, caracterizado pelas dificuldades de comunicação e interação social e também os comportamentos restritos e repetitivos, pode ser definido como uma síndrome comportamental que compromete o desenvolvimento motor e psiconeurológico, dificultando a cognição, a linguagem e a interação social do sujeito.

 

Por se tratar de um espectro, compreende-se que há um conjunto de informações desordenadas relacionadas ao neurodesenvolvimento, ou seja, indivíduos com TEA, conforme menciona o DSM-V (2018), apresentam dificuldades nas manifestações motoras, como realizar movimentos de coordenação motora fina e no aprendizado de habilidades motoras complexas. Apresentam discursos repetitivos, reação exagerada a estímulos externos, interesse intenso por alguns estímulos ao redor, rigidez extrema ou rituais relacionados com cheiros, texturas e aparência da comida.

 

Pessoas com TEA não conseguem compreender o que as outras pessoas estariam pensando, o que poderia explicar os graves prejuízos na interação pessoal, também demonstram incapacidade ou falhas em realizar meta-representações (o fazer de conta), principalmente aquelas pessoas no polo menos funcional do espectro. Confirmado pelo DSM-V (2018), tal transtorno causa prejuízos na interação social, alterações importantes na comunicação verbal e não-verbal e padrões limitados ou estereotipados de comportamentos e interesses.

 

Para se chegar ao diagnóstico de TEA, o sujeito deve passar por avaliação neuropediátrica/neurológica e, posteriormente, pela avaliação psicológica, para que se confirme a hipótese diagnóstica do primeiro profissional. O diagnóstico é apoiado pelo Código Internacional de Doenças, décima edição (CID-10) e pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5. O referido diagnóstico é concluído por meio de observação clínica e de dados fornecidos pelos pais ou responsáveis, por anamnese e com a utilização de instrumentos de rastreamento, visto que não existem marcadores biológicos que definem o quadro.

 

Érica Cíntia Roscosz

Psicóloga institucional no Serviço em Centro Dia na Associação de Proteção aos Autistas de Ponta Grossa.

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