Animais de rua: sobrecarga e limitações das ONGs e instituições independentes

Há tempos Protetores de Animais e Instituições Independentes que colaboram com a causa animal em Ponta Grossa vêm sofrendo com a falta de recursos, criminalização e precarização do trabalho. O resgate e cuidado de cães de rua envolve esforços e investimentos, mas também colaboração da população. Com a pandemia, os processos envolvidos no atendimento e adoção de cães foram dificultados e, atualmente, a condição precária dessas organizações limita o desenvolvimento de um trabalho amplo.

Sem o auxílio do governo, as ONGs da cidade mantêm sua estrutura através de rifas beneficentes, trabalho voluntário e feiras de adoção. No entanto, com a pandemia da COVID-19, houve a diminuição de interessados em contribuir com a causa, seja no trabalho voluntário ou adoção dos animais resgatados. Segundo o colaborador da Associação de Proteção de Animais de Ponta Grossa (APAPG), Diego Gabriel Barbosa Azevedo, os voluntários têm um grande peso no desenvolvimento dos trabalhos, mas no início da pandemia houve uma perda significativa dessa participação. “Nosso time de voluntários é composto por pessoas que doam um pouquinho do seu tempo para ajudar da forma que podem, pois muitos possuem outras responsabilidades e obrigações pessoais”, complementa.

Com a restrição de eventos de arrecadação de fundos e de adoção por conta do coronavírus, muitos abrigos estão tentando contornar a condição de superlotação de seus espaços. Entre as  organizações que aceitaram relatar a situação, 7 são instituições que recolhem cães de rua e 4 destas estão com os serviços estagnados por falta de espaço para abrigar esses animais. 

Segundo uma protetora animal de Ponta Grossa, que preferiu não ser identificada, além das consequências da pandemia, quando têm seus dados expostos, os protetores sofrem com o assédio moral, denúncias falsas e criminalização por parte do governo. Somado a isso, a protetora relata sobre o aumento de abandono de animais à medida em que ocorre a divulgação de seus serviços, o que limita sua atuação, pois para se proteger deixa de investir na difusão de seu trabalho.

Abandono de animais é crime em todo o território paranaense, sujeito a reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda. Nas redes, ativistas da causa animal levantam o movimento “Não compre, adote”, estimulando a população a cogitar adoção responsável de cães sem raça definida, ao alegar que a compra de animais financia criadouros ilegais. A adoção garante a rotatividade dos abrigos, colaborando para que o cenário de superlotação evolua para um ambiente harmônico entre os cães.

  Para saber mais sobre os serviços ofertados na cidade ou ingressar como voluntário de alguma instituição acesse: Organizações de causa animal

Caso encontre um animal vulnerável ou em situação de rua entre em contato com a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa pelas redes sociais redes sociais do Centro de Referencia de Animais em Risco (Instagram: @crar.pg e Facebook: @crarpontagrossa) ou pelo telefone 3220-1000 (ramal 4072). Para denunciar casos de maus tratos ligue 181 ou 183, se preferir, faça uma denúncia anônima pelo telefone (42) 99827-9684.

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