Cesta básica tem aumento de preço e compromete renda familiar

No início deste mês, o Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nereep-UEPG) divulgou um novo levantamento sobre o preço dos produtos da cesta básica na cidade, que agora chegam a somar R$ 809,59. Um dos itens que mais chama a atenção é a carne, produto comum na mesa dos brasileiros, que registrou aumento de mais de 5%. Com preços cada vez mais altos a população busca alternativas para conseguir fazer ao menos uma refeição por dia.

Dias antes da Semana Santa, que começou no dia 10 de abril e acabou no dia 16, alguns dos peixes que embelezavam a fonte na Praça Barão do Rio Branco foram furtados. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Ponta Grossa, mas não se sabe ao certo quem furtou os peixes ou qual o objetivo. Na cultura do catolicismo, a Sexta-Feira Santa é um momento em que se pratica a abstinência, isto é, não comer carne vermelha ou frango, o que pode ter motivado o roubo dos peixes.

Willian Ferreira,que trabalha como vendedor ambulante para suprir a renda familiar, conta que o aumento de preço pesou no bolso das famílias. “O café e o feijão tiveram um aumento de preço muito grande”, observa Willian, que também lembra que o Brasil é um dos maiores exportadores de café e carne bovina em todo o mundo. No ano passado foi registrada alta de 55% na exportação de carne bovina, algo em torno de 159,1 mil toneladas, conforme informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Para as famílias que vivem com apenas um salário mínimo, metade desse valor tem que ser gasto para comprar produtos básicos no supermercado, como conta o auxiliar administrativo Cide Oliveira Neto. “Hoje o salário mínimo é de R$ 1.212,00, então ter que pagar luz, internet e água, o que acaba fazendo as famílias fecharem no vermelho”, alerta Cide.

Para quem espera que os preços baixem com o fim da pandemia, a notícia não é tão boa, como conta o professor de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Alysson Stege. “O preço só deve diminuir quando voltar a renda e as vagas de emprego. Uma maior oferta também deve reduzir o preço dos alimentos, uma vez que o processo de produção deve aumentar”, explica o professor.

A pesquisa do Nereep-UEPG, levou em conta um levantamento feito no site dos supermercados da cidade, na modalidade delivery, no mês de março de 2022.

 

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