Representatividade da Mulher na Capoeira

Último dia da Semana Municipal da Capoeira é contemplado com oficinas ministradas  por mulheres.

 O evento Identidade Feminina, criado pela professora de capoeira Ester Schwebel, tem como objetivo o empoderamento feminino e a conscientização no combate à violência contra mulher, dentro e fora da capoeira.  Esse foi o segundo ano da Identidade feminina, a ação que antes se chamava março laranja  começou em 2011 e pausou em 2013 por conta de gastos. Neste ano o evento foi inserido na Semana Municipal da Capoeira, que foi criado pelo suplente de vereador,  professor Careca (PV). 

  A professora explica que sentiu uma grande necessidade de criar o Identidade feminina pela falta de mulheres ministrando eventos de capoeira “Normalmente 90% dos eventos de capoeira são ministrados apenas por homens,  nosso intuito é reunir mulheres e homens para que elas possam mostrar o seu trabalho e serem contempladas.”, explica Ester, que dá aula de capoeira sem nenhum custo na associação de moradores do bairro Ouro Verde nas terças e quintas-feiras das 19:30 às 21:30

   A Mestranda Sheirosa ministrou sua oficina falando sobre a evasão da mulher na capoeira, que foi o tema do seu artigo que integrou o livro Mulher, Identidade e Representatividade na capoeira. A pesquisa foi realizada com mulheres capoeiristas do Paraná e foi possível observar que meninas mais novas são maioria na capoeira. Conforme as graduações de capoeira vão subindo mais essa evasão se faz presente. “Nas entrevistas realizadas para a pesquisa, as meninas alegaram que os afazeres do dia a dia, dupla jornada de trabalho e até ciúmes do namorado são os motivos pelos quais elas desistem de treinar”, lamenta a mestranda.

   A importância da mulher e da representatividade feminina na capoeira foi mencionado durante o evento. A aluna Mirela Hass, que pratica capoeira há 4 anos, relata ter se sentido representada. “Eu me sinto muito feliz e representada por ter oficinas só com mulheres ministrando, precisamos influenciar as mulheres na capoeira”, afirma Hass  

  O encontro teve oficinas voltadas para a cultura popular, como a  de título Expressão da Cultura Popular Brasileira, com a Formada Anhuma de São Paulo. Além disso, também aconteceu a oficina  Capoeira Musicalidade – Ritmos de Matriz Africana e uma roda de conversa acerca da cultura ancestral, ambas ministradas pela Mestranda Sheirosa de Curitiba . O evento também contou com a formação de Musicalidade e capoeira na educação infantil, com a Formada Lagartixa de Araucária, e finalizou as atividades com a oficina de Maculelê cultura popular, com a Professora Yroshima.

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