Evento traz mulheres palestinas para debater sobre a situação do país

Comitê Ponta-grossense em Solidariedade à Palestina coloca em pauta o apartheid israelense

Na última segunda (23), o Comitê Ponta-grossense em Solidariedade à Palestina realizou um painel com o tema “Apartheid israelense na Palestina” na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O evento, que contou com o apoio do Programa de Pós-graduação em Educação, do Mestrado em Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em História, teve como objetivo promover o diálogo e a politização sobre o assunto.

A professora de Saúde Coletiva na Universidade de Brasília (UnB),  integrante da Federação Árabe Palestina no Brasil (FEPAL) e mulher palestina, Muna Odeh, fala sobre a importância de lembrar a história de Israel e da Palestina. “O colonialismo, a limpeza étnica e o aphartheid são essenciais para entender o conflito”, explica. Durante o painel, Muna destacou vários momentos históricos, entre eles a autoproclamação do estado de Israel em 1948, a Guerra dos Seis Dias em 1967 e o último 7 de outubro, que resultou na maior atenção das mídias quanto ao país. “Os conflitos não irão simplesmente sumir e desaparecer, algo precisa ser feito”, ressalta.

A secretária de Juventude da FEPAL e diretora de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (Uneoficial), Maynara Nafe, também é uma mulher plaestino-brasileira e participou do painel. Ela explica que o povo palestino é o maior grupo de refugiados do mundo. “O mundo vê e se cala”, desabafa.

Foto: Maria Thereza

Maynara conta que estão tentando impedir o genocídio do povo palestino, que está sendo televisionado ao vivo para todos, mas ninguém faz nada para impedir. “Não se calem diante do massacre do meu povo”, diz. Ela ainda relata como a intolerância e o preconceito contra os povos mulçumanos tem aumentado no mundo todo.

O professor aposentado do departamento de História da UEPG e membro do Comitê Ponta-grossense, Marco Aurélio Pereira, foi o último convidado a participar do debate e analisou a atual situação do país do ponto de vista do capitalismo e do colonialismo. “Sempre houve a demonização e a desumanização dos palestinos, a crença de que eles são bárbaros e incivilizados”, observa. Ao final, o professor questiona: “Se for falar de autodefesa, quem precisa de defesa? Israel, que tem apoio internacional, território e condições básicas de sobrevivência, ou a Palestina que está presa em um campo de concentração a céu aberto, sem alimentos, água, remédios e isolada do restante do mundo?”, questiona.

O Comitê Ponta-grossense ainda realizou um ato político em solidariedade à Palestina, com cartazes e bandeiras. O grupo de pessoas se reuniu na Praça Barão do Rio Branco na última quarta-feira (25) para apoiar a luta pela liberdade da população palestina. A luta do Comitê continua e pode ser acompanhada pelo instagram e facebook.

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