Poder público deve atuar no enfrentamento de crimes de feminicídio

No ano de 2022 foram registrados 1.437 feminicídios no Brasil; destes, 77 ocorreram no Paraná, de acordo com o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estado do Paraná foi registrado como o sexto a mais cometer o crime de feminicídio no ano de 2022, e o sétimo no ano de 2021. A porcentagem do crime aumentou de um ano para o outro e, para combater esta violência o governo do Estado criou campanhas e projetos voltados para a causa.

A Secretaria da Mulher do estado do Paraná lançou, neste ano, uma campanha para conscientizar a população sobre o feminicídio. Fóruns de debates, campanhas publicitárias de conscientização, mobilização nas ruas e caminhadas pelo direito à vida das mulheres foram realizados no mês de agosto. Mais de 70 municípios paranaenses participaram do projeto.

A campanha estadual “Paraná Unido no Combate ao Feminicídio” foi lançada pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, após criação de uma lei que determina ser responsabilidade do poder público conscientizar e debater o tema com a sociedade.

No dia 22 de julho, foi realizada a 1° Caminhada ao Meio-Dia, em razão do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A data foi escolhida para referenciar a advogada Tatiane Spitzner, que foi assassinada pelo marido em 22 de julho de 2018, na cidade de Guarapuava.

Em Ponta Grossa, a caminhada começou na Praça Barão do Rio Branco, percorreu o calçadão e terminou na Estação Saudade. Durante todo o percurso, falas de resistência, entrega de panfletos informativos e convites para juntar-se à causa foram feitos à população.

Na América Latina, o Brasil é um dos países que mais mata mulheres pela condição de serem mulheres, caracterizando o feminicídio. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a cada 100.000 mulheres, em média, duas são vítimas de feminicídio.

 

Por Ester Roloff

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