Dirigente da Frente Nacional de Luta explica princípios do movimento

"Não há risco de ocuparmos seu apartamento" informou.

E REVISADO PORPaula Melani Rocha

Na noite do dia 18 de fevereiro a Frente Nacional de Luta (FNL) ocupou um terreno no Parque dos Sabiás, em Ponta Grossa. Segundo o líder da organização, Leandro Santos Dias, o terreno estava “desocupado há décadas” e a ocupação foi um meio de denunciar o desmonte da Prolar, Programa de Habitações na cidade de Ponta Grossa.

A polícia chegou a ir até o local e deflagrou uma operação para realizar a desocupação da área, o que foi visto como inconstitucional pelo dirigente da FNL de PG, Leandro Dias, que explicou que a ação não tinha mandado de reintegração. 

A reintegração de posse e as outras ocupações que ocorrem na cidade vem causando preocupação entre os moradores: “tenho medo que ocupem minha casa”, contou uma moradora de Guaratuba, que tem um residência na cidade. Leandro explica que não é bem assim: “só vamos ocupar terrenos que não estejam cumprindo com função social social”. O termo usado pelo dirigente remete ao inciso XXIII da Constituição Federal, que explica que ela cumpre sua função quando “é explorada de forma sustentável, mesmo que para moradia; utiliza adequadamente os recursos naturais; e respeita a legislação trabalhista.”

Leandro também explica que terrenos pequenos não são ocupados. Segundo ele, casas ou apartamentos desocupados não correm o risco de uma ocupação, pois a ideia da FNL é apoiar, não tirar a moradia das pessoas.

Em Ponta Grossa, o alto custo do aluguel faz com que as pessoas busquem alternativas para sobreviver, isso quando tem dinheiro suficiente para alugar uma moradia. Atualmente, a FNL atende pessoas que não tem moradia, ou porque nunca foram contempladas com alguma política de moradia, ou não conseguiram pagar o aluguel.

 

 

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