Manifestantes ocupam a principal rua da cidade no 14J em Ponta Grossa

Estudantes, professores, servidores e integrantes de sindicatos protestaram na sexta-feira (14) em defesa da Educação, contra a reforma da Previdência e contra as medidas adotadas pelo governador Ratinho Júnior (PSD). Às 7 horas, professores e alunos organizaram piquetes nos Campi da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Às 9 da manhã, os manifestantes se reuniram na Praça Barão de Guaraúna, e por volta das 10h30, seguiram em marcha para o Parque Ambiental.

Durante a concentração do protesto na Praça, a escadaria da Igreja do Polacos ficou interditada o tempo todo em que os manifestantes ficaram reunidos, pois era realizada uma limpeza no local. O advogado e membro do Partido PSOL, Leandro Dias, reclama que a interdição da escada foi uma forma da administração da igreja tentar proibir o protesto. “Chegamos para nos manifestar, democraticamente, e nos deparamos com essa cena patética, a escada proibida de ser acessada e os limpadores jogando água nos manifestantes e nos cartazes” reclamou Dias.

foto: Luiz Zak

No momento em que os manifestantes chegaram ao Parque Ambiental houve tumulto provocado por um motorista que avançou com o carro em direção aos participantes. A polícia interveio e o motorista foi retirado do local.

Na parte da tarde, os manifestantes voltaram a se reunir da Praça dos Polacos para a programação cultural, com declamação de poesias e músicas. Às 19h30, seguiram novamente para o Parque Ambiental, onde o ato foi finalizado.

Desdobramento de atos anteriores

A Greve Geral da última sexta-feira (14) foi um desdobramento dos movimentos do dia 29 de abril, 1º, 15 e 30 de maio contra a reforma da Previdência e os cortes na educação pública dos governos federal e estadual.

foto: Luiz Zak

Uma das reivindicações dos servidores do Estado que participavam do protesto é pela reposição das perdas salariais em função da inflação, que já somam 17,04%. A medida havia sido adotada pelo ex-governador Beto Richa (PSDB) e mantida na gestão do atual governo. Para a professora do Departamento de Educação da UEPG e vice-presidente do Sindicato dos Professores da UEPG- Sinduepg, Carina Alves da Silva Darcoleto, os atos do 14J servem para mostrar à população as repercussões de ações dos governos de Jair Bolsonaro (PSL) e de Ratinho Junior (PSD). “A nossa luta é geral, todos os trabalhadores do Brasil unidos nessa luta. Nos últimos atos, nós estivemos nas ruas mostrando a necessidade de estar na greve pela manutenção e investimento de recursos na área da educação também no Paraná”, ressaltou Carina.

A Greve Geral do 14 junho, de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi aderida por 26 estados e no Distrito Federal e mais de 380 cidades registraram paralisação de atividades em repúdio às medidas do governo de Jair Bolsonaro.

 

Texto e fotos: Luiz Zak

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