A exibição do documentário Matanza de Tlatelolco, na segunda-feira, 4 de junho, no Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), marca o início de diversas atividades que ocorrem ao longo do mês, durante o ciclo comemorativo “50 anos de maio de 1968”. A data é simbólica para os movimentos sociais, porque destaca a luta por direitos em diversos países. “Lembrar maio de 68, no contexto que estamos vivendo, faz com que a gente tome consciência em relação a importância das garantias das liberdades individuas e dos processos democráticos”, explica Silvana Oliveira, professora de Literatura do Departamento de Letras da UEPG e uma das organizadoras do ciclo.
O movimento maio de 68 teve origem com uma série de protestos estudantis na França, que sofreram forte reimpressão policial, fato que atraiu adesão para a causa, e no fim do mesmo mês este ano, todo o país estava paralisado por uma greve. A ampliação dos direitos civis era a principal reivindicação do movimento na década de 60, que se espalhou por diversos países, durando por todo o ano e repercutindo até os dias atuais. No Brasil, o marco foi a Marcha dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, que protestava contra a Ditadura Militar.
No México, a organização estudantil lutou por mudanças democráticas no país, maior liberdade política e igualdade social, isso fez com que o governo promovesse um massacre em 2 de outubro de 68 na Praça das Três Culturas na capital. Assim, o documentário Matanza de Tlatelolco apresenta relatos de participantes e imagens do movimento, que descrevem como o massacre resultou em um número de vítimas desconhecidas e no enfraquecimento do movimento naquele país, que por muito tempo ficou esquecido na história.
Programação audiovisual na UEPG
A programação audiovisual é uma das atividades realizadas dentro do Ciclo, por meio da mostra de documentários Um Ano Que Dura Cinco Décadas, organizada pelo projeto de extensão “Cultura Plural” do curso de Jornalismo da UEPG. Karina Janz Woitowicz, coordenadora do projeto, conta que a exibição dos longas é uma oportunidade para conhecer produções que fazem referência ao maio de 68 e debater o movimento. A mostra contará com mais quatro exibições, em faculdades e colégios da cidade.
O Ciclo ainda conta com palestras ao longo de todo o mês de junho e lançamento, no dia 18, da exposição “Imagens de uma jovem rebeldia”, organizado pelo projeto de extensão Lente Quente, do curso de Jornalismo da UEPG. Toda a programação está disponível no evento no Facebook e é aberta ao público em geral, com emissão de certificado de participação.
50 anos de Maio de 1968 é promovido pelo Programa de Pós-Graduação (PPG) Jornalismo, PPG Estudos da Linguagem, PPG Educação, projeto de extensão Agência de Jornalismo e Faculdade Santana, com apoio do PPG Ciências Sociais Aplicadas, PPG História e pelo projeto de extensão Cultura Plural.
Daniela Valenga