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NOTA DE REPÚDIO

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O Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Dejor-UEPG) vem a público repudiar as manifestações machistas sofridas pela estudante Milena Oliveira, graduanda do terceiro ano do curso de Jornalismo, em episódio recente, no jogo realizado em Ponta Grossa, no Estádio Germano Krüger, no último dia 05. Na ocasião, a estudante realizava cobertura fotojornalística do evento, a partida entre Operário Ferroviário e Criciúma, jogo válido pela série B do Campeonato Brasileiro de Futebol.

O respeito ao exercício profissional do(a) jornalista é um direito a ser resguardado em todo e qualquer contexto, para todos e todas que atuam na área, independente de seu gênero ou qualquer outra condição. Assim, entendemos que é inadmissível a naturalização de qualquer tipo de assédio contra a mulher, dentro e fora do ambiente de trabalho.

Esperamos que as devidas providências sejam tomadas e que os responsáveis sejam punidos de acordo com a lei. Manifestamos ainda nosso apoio à estudante e nos posicionamentos em defesa do exercício da profissão livre de qualquer forma de constrangimento.

Ponta Grossa, 8 de novembro de 2019.

Desigualdade social no Brasil é sinônimo de desigualdade racial

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Que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, já sabemos. Mas nunca será redundante falar sobre a questão. Ainda mais quando discutir este tema é inevitavelmente falar de desigualdade racial. Sendo assim, é preciso considerar o percentual de negros no Brasil de 54%, segundo dados do IBGE. A taxa de analfabetos no país,  em 2016, foi de 4,2% de brancos e 9,9% de pretos, mais que o dobro. Se tratarmos da classe trabalhadora e exploração no Brasil, inegavelmente é preciso falar de desigualdade racial, uma vez que pesquisa do IBGE relacionada a rendimento de todos os trabalhos demonstrou os seguinte dados: Brancos com rendimento de R$ 2.814, Pardos e Pretos R$1606 e R$ 1570 respectivamente. Sobre o trabalho infantil, entre 5 e 7 anos, os dados demonstraram que Brancos são 35,8%  e Pretos 63,8. A taxa de desocupação no país é de 9,5% de Brancos e 28,1 % de Pretos praticamente o triplo. Estudar os problemas brasileiros é desconstruir o mito da democracia racial fundamentalmente rever a História do Brasil e as atrocidades sofridas pelo povo negro que foi escravizado. Aos que protestam pela existência do dia da consciência negra, eu posso sugerir o dia da consciência do povo branco que carrega o fardo da história pela escravização do povo negro e miséria com que ele foi abandonado a própria sorte pelo Estado, pela ausência  de um projeto político e social pós abolição. Esta visão ilegível, por os que confundem a esfera da vida pública e vida privada. Para FRANCO, 1997 o Estado é visto muitas vezes como “propriedade” do grupo social que o controla, obviamente que os negros estão excluídos deste. O aparelho governamental é parte do sistema de poder da classe dominante, submetido à sua influência. O Estado se configura como um aparelho ideológico utilizado sempre que as circunstâncias o indiquem como meio adequado para manutenção dos  privilégios da classe dominante. O Estado é negado enquanto entidade autônoma e dotada de competência para agir segundo os seus próprios fins que deveria ser uma relação justa e ética de harmonia entre os elementos da sociedade. Porém a imagem de “Estado tutelar” passa a figura mais real de “Estado Instrumento” linearmente entrosando os momentos de busca e repulsa de atividade, como etapas de afirmação do poder do grupo social dominante. Todavia, é inegável que avançamos na conquista de algumas políticas sociais e ações afirmativas, como políticas de quotas nas Universidades, bem como garantia do ensino da história e cultura afro-brasileira e africanas nas escolas dentre outras. Porém, o avanço na existência de uma lei advinda de lutas e reivindicações dos movimentos sociais, não significa necessariamente implementação desta, tão pouco garantia de permanência como política de Estado e não de governo. Um exemplo de falta de  desta situação é a lei 10.639/2003 da obrigatoriedade do ensino das relações étnicoraciais com o objetivo de reverter as práticas racistas na sociedade, bem como educar para uma conscientização da contribuição cultural e econômica do povo negro na consolidação da sociedade brasileira. Porém, podemos perguntar: Qual a mudança curricular ocorridas nos cursos de licenciaturas das Instituições de Ensino Superior que possibilite ao professor as mínimas condições teóricas/práticas para garantir a implementação no cotidiano escolar? Posso garantir que as mudanças curriculares foram insipientes e, em muitos casos, quando ocorreram com cargas horárias reduzidas e como disciplinas optativas. De certa forma, podemos dizer que tem um caráter de resistência da classe dominante que tem a Universidade como um aparelho ideológico consolidado para formação da burguesia em detrimento da classe trabalhadora. Muitas vezes avançamos pequenos passos como um movimento intencional da classe dominante de desarticular e tirar-nos do estado de vigilância. É preciso resistir, é preciso estar vigilante é necessário lutar diuturnamente contra o retrocesso, ainda mais em tempos sombrios na atual conjuntura política do país.  

Por Nilvan Laurindo Sousa

 

Sites consultados: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/21206-ibge-mostra-as-cores-da-desigualdade

Infográfico: Uso medicinal do Cannabis é limitado na América Latina

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O uso medicinal do Cannabis, popularmente conhecido como Maconha, ainda tem acesso limitado na América Latina. Embora desde 2015 alguns países tenham legalizado o uso, somente em quatro deles a plantação é permitida. Em outros cinco, a importação é legal com a permissão dos respectivos órgãos públicos. No restante dos países, o uso é ilegal. No Brasil, atualmente a importação é permitida após aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Confira:

 

Por Daniela Valenga

O guia básico da criminalização – Por que o CBD vive na sombra do seu irmão psicoativo

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Quando entrevistei Maria Aline fundadora da associação Florescer, para as gravações do meu Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo, lá em 2017 – a série de micro documentários “Mãe que Luta” – ela descreveu sua primeira experiência com óleo de canabidiol (CBD) como mágica.  “O Vitor passou de quase 200 crises diárias para cinco, depois duas” – frase obtida durante as gravações da série de microdocs Mãe que Luta, 2017. Link: https://www.youtube.com/watch?v=wo0FzHYjL8U

Ela encontrou na planta uma nova vida para seu filho, diagnosticado com a Síndrome de Lennox-Gastaut (SLG) ou encefalopatia epiléptica da infância, uma síndrome pediátrica persistente que acomete 1 a 4% (Fonte: SÍNDROMES EPILÉPTICAS NA INFÂNCIA. UMA ABORDAGEM PRÁTICA; Paulo Breno Noronha) das epilepsias da infância, provocando crises que persistem a fortes medicamentos. E o que parecia mágica deu início a Associação Cannábica de Ponta Grossa – a Florescer. A associação propõe a circulação de informações, realização de palestras e eventos educativos quanto ao uso medicinal, recreativo, redução de danos no cenário da criminalização e apoio em assuntos legais

O óleo de canabidiol (CBD), extrato da maconha que não possui efeito psicoativo, manuseado e extraído por Maria Aline, vem da planta cannabis sativa e pode ser utilizado para Epilepsia; Esquizofrenia; Esclerose Múltipla; Mal de Parkinson; Autismo; Insônia; Ansiedade e outras enfermidades que afetam o sistema nervoso. 

Este medicamento despertou um interesse significativo no desenvolvimento de terapias e outros produtos de consumo derivados da cannabis e seus componentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece as potencialidades que a cannabis e seus derivados podem oferecer, recomendando às Nações Unidas que as preparações de CBD puro sejam retiradas do regime proibitivo, onde está com seu irmão Tetrahidrocanabinol (THC – componente psicoativo da cannabis). 

Em junho de 2018 o Comitê de Especialistas em Dependência de Drogas (ECDD) da OMS avaliou rebaixar  para para o cronograma 1 (remoção total da lista de drogas que causam dependência) derivados de cannabis não THC, que atualmente é controlada em um nível internacional. Em 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizou uma consulta pública para “favorecer a produção nacional de terapias feitas à base de Cannabis com garantia de qualidade e segurança, além de permitir a ampliação do acesso da população a medicamentos”. 

Mas porque o CBD ainda vive na sombra de seu “parente” psicoativo? O Canabidiol é uma das 400 substâncias contidas na maconha. No entanto, especialistas como Rafael Santos questionam a extração feita de forma manual, comparando a ao único medicamento contendo CBD com a venda facilitada no Brasil –  o Mevatyl. Em trecho da entrevista concedida ao projeto SEMEAR, ele diz  – “é difícil saber a procedência da semente utilizada (ainda que importada), se ela contém algum químico, aditivo, bactéria, fungos, metais pesados e, principalmente, a concentração dos canabinóides. Há uma diferença entre a padronização feita em laboratório, com todo um conhecimento especializado […] e um extrato caseiro, que apesar de ter um efeito terapêutico, não possui controle de qualidade.”

Como o valor do Mevatyl chega a quase 3 mil reais, as famílias que utilizam o medicamento com a finalidade medicinal, estão, de acordo com Rafael, sujeitas a pequenas doses de THC. Este componente psicoativo, por sua vez é marginalizado no Brasil desde o século XIX,  com um histórico enraizado em questões raciais e a mazelas sociais.

Criminalização enraizada nas mazelas sociais

A planta emerge como um potencial medicinal e divino há 2700 anos a.C, quando o imperador chinês Shen Nung manuseava a planta como um chá feito para tratar a falta de memória e reumatismo. Seu potencial anticonvulsivante foi reconhecido em 1839 no artigo INDIAN HEMP, OR GUNJAH – escrito pelo químico e pioneiro nos estudos da cannabis William O’Shaughnessy Brooke. No entanto, é no século XX, tempos de crescentes reviravoltas sociais, que a maconha é criminalizada mundialmente e têm até mesmo seu viés de pesquisa no campo da medicina interrompido. 

Atribui-se aos Estados Unidos o pontapé da ilegalidade atribuída ao consumo da então popularizada – maconha. A Lei Seca, nos anos 20, proibia a produção e comercialização de bebidas alcoólicas, popularizando então psicoativos como a maconha, cocaína e ópio. Mas antes da criminalização apoiada na Lei Seca americana, a primeira cidade do mundo a penalizar o uso da planta foi o Rio de Janeiro, em outubro de 1830 penalizando escravos e negros que fumassem maconha em pequenos cachimbos de bambu com uma cuia de barro – utensílio chamado de “pito do pango”, que acabou se tornando o nome da lei proibitiva. As raízes racistas da proibição eram apoiadas na racionalização de que  ‘vícios do povo’, tal qual o candomblé e a capoeira, fossem apropriados pelas famílias de ‘boa índole’ – as distanciando ainda mais do modelo de civilização europeu. 

Neste contexto a cannabis e suas propriedades medicinais foram negligenciadas durante anos. O ressurgimento (visibilidade) dos estudos em relação a maconha tem alta com o argumento de que a legalização colocaria fim ao narcotráfico, que movimenta com a venda da maconha, só no Brasil cerca de R$ 6,68 bilhões, fator que contrapõe-se com o valor de mercado especulado pelo consumo legal no contexto do capitalismo. 

Por Anna Cuimachowicz

Escola Restaurativa

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O podcast Elos em Movimento desta edição fala sobre o projeto Escola Restaurativa, que em parceria com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) e o Instituto Mundo Melhor (IMM) realiza atividades de mediação e círculos de paz com os alunos das escolas estaduais da região. Quem explica sobre o projeto é a psicóloga do CEJUSC, Gláucia Mayara Niedermeyer, que fala sobre a metodologia das atividades realizadas nas escolas, as ocorrências mais frequentes entre os jovens e a necessidade de abrir o diálogo com os adolescentes para a resolução dos conflitos dentro e fora da sala de aula.  

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O Elos Comunidade foi pensado para você! Nesta publicação foi categorizado lugares e serviços públicos ofertados para toda a sociedade em Ponta Grossa. 
Confira: 

Conheça as instituições e os lugares de apoio a usuários de álcool e drogas em PG

Em Ponta Grossa, há diversos grupos e redes que realizam trabalhos voltados à prevenção e ao tratamento de dependentes de álcool e outras drogas. Além do atendimento oferecido pelo município no CAPS AD, há Organizações Não-Governamentais (ONG), instituições religiosas e de voluntariado, grupos de autoajuda, além de comunidades terapêuticas onde dependentes e seus familiares podem buscar apoio.

Confira a seguir alguns destes locais:

CAPS – Álcool e Drogas

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde municipais que oferecem atendimento diário. Os profissionais da saúde oferecem acompanhamento clínico e atuam para possibilitar a reinserção social de usuários por meio do trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

Contato: (42) 3220-4074 ou 3220-4078
Endereço: Rua Vicente Espósito – Uvaranas
Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8 às 19 horas


Esquadrão da vida (GADEF)

O GADEF é o Grupo de Apoio ao dependente e família que atua na prevenção, reabilitação e ressocialização do dependente, auxiliando na abstinência e contribuindo com estratégias e ferramentas para um novo estilo de vida, orientando também os familiares e amigos.

Atende homens acima de 18 anos
Contato: 99111-8112 ou 99111-7492
http://esquadraodavidapg.com.br/
Endereços:
Av. dos Vereadores, 850 (Sede administrativa do Esquadrão da Vida)
Rua Maria Rita Perpétuo da Cruz, nº 2284 – Oficinas (Comunidade terapêutica)
Horário de atendimento: terça-feira, às 19:30 (entrevistas e triagens para acolhimento na sede administrativa)

AA – Alcoólicos Anônimos

Contato: (42) 3222–2233
Grupo principal: Avenida Doutor Vicente Machado, n°811 – Centro

Grupo Esperança

Endereço: Rua XV de Novembro, n° 120 – Centro
Horário de Atendimento: domingo, das 19h30 às 21h30, segunda a sexta-feira, das 20 às 22 horas

Grupo Vila Nova

Endereço: Rua Esmair Batista de Souza, n° 212 – Estrela
Horário de atendimento: segunda-feira, das 20 às 22 horas e sábado, das 16 às 18 horas

Grupo São José

Endereço: Rua Princesa Isabel, n° 237 (juntamente à igreja São José)
Horário de atendimento: segunda e quinta-feira, das 20 às 22 horas

Grupo 7 de julho

Endereço: Rua Jaguapita, n°295 – Boa Vista
Horário de atendimento: terça-feira, das 20 às 22 horas

Grupo Vanguarda

Endereço: Rua Fagundes Varela, n° 811 – Uvaranas
Horário de atendimento: segunda e sexta-feira, das 20 às 22 horas

Pastoral da Sobriedade

Ação da Igreja Católica que atua em conjunto com outras pastorais, movimentos e comunidades terapêuticas na prevenção e recuperação da dependência química.
Coordenador – Claudimar Barbosa Assessor Eclesiástico – Padre Vicente Edelto Tavares Leite

Contato: (42) 99970-1748
http://diocesepontagrossa.org.br/p_sobriedade.php

Cejocomd (Centro Jovem de Combate às Drogas)

Organização Não-Governamental que atua na área de prevenção e recuperação de dependentes químicos.

Contato: (42) 99929-1426 ou (42) 99982-4681
http://cejocomd.blogspot.com/

Amor Exigente – Grupo Acordar

Grupo de auto e mútua ajuda Contato: (42) 999128463
Endereço: Rua Euzébio da Mota, nº 501- Ronda
Horário de atendimento: reuniões às quintas-feiras, 20 horas

ISR – Instituto de Saúde e Reabilitação

Contato: (42) 3025–1551
Endereço: Rua Balduíno Taques, n° 313 – Estrela

Copiosa Redenção (Chácara Padre Wilton)

Contato: (42) 99158–5366
Endereço: Rodovia BR 373, km 186,2, sentido Conchas Velhas

Espaço Equilíbrio

Contato: (42) 3301–9403
Endereço: Rua Engenheiro Carlos Alberto Hadade, n°101 – Uvaranas
Atendimento: segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas

Conheça as instituições e os lugares de apoio as pessoas idosas de PG

Departamento do Idoso da Fundação Proamor

É ofertado aulas de natação e hidroginástica, além de atividades como caminhada, alongamento e ritmo, bocha, sinuca e carteado. Os serviços são gratuitos e os interessados podem se cadastrar levando: foto 3×4, comprovante de residência, RG, atestado médico para prática de atividades físicas e um atestado dermatológico para as atividades na piscina.

Endereço: Getúlio Vargas, s/nº – Nova Rússia, Ponta Grossa – PR, 84070-550
Contato: (42) 3225-1140

CRAS

Os Cras oferecem diferentes atendimentos para a pessoa idosa, como os cadastros para o cartão transporte com gratuidade, Benefício Prestação Continuada (BPC) e também grupos de convivência. Os Cras também organizam grupos geracionais, que buscam inserir a pessoa em atividades na comunidade.

Endereço: Encontre o CRAS responsável pelo seu bairro

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas)

É responsável por receber denúncias de violência contra o idoso. As denúncias de violação de direitos da população idosa podem ser feitas conforme abaixo:

Disque 100

CREAS 1
Rua Hinon Silva s/n – esquina com a Rua Benjamin Constant
Contato: (42) 3901-1718

CREAS 2
Endereço: Rua Tiradentes, 910 – Centro
Contato: (42) 3901-7052

Outros atendimentos ofertados pelo Município

Fundação Municipal de Promoção ao Idoso – FAPI

Vinculada a Secretaria Municipal de Assistência Social, desenvolve trabalho preventivo. A Fundação estende seu atendimento a pessoas a partir de 55 anos. Atualmente, a FAPI mantém convênio com 09 entidades, 31 grupos e 04 centros de convivência.

Contato:(42) 3225-7370 (42) 3223-8514
Endereço: Rua Joaquim Nabuco, 59 – Centro de Ação Social

Programas: Assessoria a entidades, SOS – Idoso, Clinica de Fisioterapia, aulas de hidroginástica, natação, ginástica, dança e o cadastro de idosos no BPC – Benefício de Prestação Continuada.

Asilos públicos

Asilo São Vicente de Paulo
Endereço: R. Júlio de Castilho, 1104 – Centro, Ponta Grossa – PR, 84010-220
Contato: (42) 3224-0827

Casa do Idoso Paulo de Tarso
Endereço: R. Brasília, 86 – Vila Marina, Ponta Grossa – PR, 84025-270
Contato: (42) 3235-2843

Cajo Assistance
Endereço: R. Alberto João Klas, 1088 – Uvaranas, Ponta Grossa – PR, 84030-525
Contato: (42) 3226-0330

Casa da Acolhida
Endereço: R. Doralício Correia, 316 – Cara-Cara, Ponta Grossa – PR, 84031-190
Contato: (42) 3235-5934

Comeia Espírita Cristã Abgail
Endereço: Rua Estácio Rodrigues Cunha 27 – C ld, Ponta Grossa – PR, 84032-200
Contato: (42) 3235-1848

 

Estudantes se posicionam contra preconceito e discriminação

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O ensaio traz a representação e o posicionamento dos alunos contra o preconceito e descriminação. Em cartazes, destacam o combate ao racismo e à lgbtfobia.

Foto: Alex Dolgan

 

Foto: Alex Dolgan

 

Foto: Alex Dolgan

 

Foto: Alex Dolgan

 

Assistente social e o protagonismo na defesa dos direitos humanos

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Vice-presidenta do CRESS-PR diz que ações realizadas para unidade do movimento são importantes para fortalecer a luta da/o assistente social

O 7º Congresso Paranaense de Assistentes Sociais (CPAS), realizado em Ponta Grossa de 26 a 28 de setembro, contou com o tema “O Trabalho da/do Assistente Social em Tempos de Retrocesso: Defesa de Direitos e Lutas Emancipatórias”. O tema em questão destaca a relevância que o assistente social exerce na educação, na comunidade e cotidiano, dialogando com a atual conjuntura do país, na qual o profissional está enfrentando uma luta pela defesa de direitos.

“Vivemos um momento em que todas as ações que realizamos na unidade do movimento são importantes para fortalecer a nossa luta, para se encorajar e tentar resistir nesta conjuntura tão terrível que estamos vivendo e com tantos ataques”, destaca a assistente social Elza Maria Campos, da comissão organizadora, científica e vice-presidenta do Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR). Elza acredita que o/a assistente social deve construir uma referência teórica, política e marxista na atuação acadêmica e profissional. “Quando falamos em referência marxista, estamos falando de lutas de classes, defesa dos direitos humanos, direitos sociais, a população negra, população LGBT+, mulheres e periféricos”, aponta.

Deby Eidam é assistente social de um centro de educação infantil em Curitiba e participa da câmara temática de Direitos Humanos do CRESS-PR. Para ela, espaços como congressos preparam, atualizam e fortalecem a categoria de assistentes sociais no enfretamento do atual governo. “O Serviço Social tem uma história de muita luta social e resistência. Esses eventos são importantes para que se forme uma conjuntura nacional que possa alinhar nossa categoria para esses enfrentamentos”, acredita.

A motivação de Deby para ser assistente social “vem de uma linha muito sensível”, comenta. De acordo com ela, os afetos e a indignação com os acontecimentos no país fizeram ela seguir carreira. “Embora eu entenda que a unificação e que o enfrentamento sejam fundamentais, o principal é se afetar com o problema do outro. Alguns chamam de sororidade e empatia, mas particularmente o meu motivador é o afeto e coletividade, é sonhar por uma sociedade que volte às suas origens como povo brasileiro miscigenado e livre”, complementa.

A escolha da sede para ser realizado o congresso se deu através do corpo docente e discente da UEPG e sua atuação a partir dos projetos de extensão. “Os temas que temos trabalhado no curso chamaram a atenção do CRESS-PR e então foi solicitado que nós fizéssemos esta parceria, considerando as temáticas que vem sendo trabalhadas na formação”, destaca Reidy Rolim, coordenadora do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). No Paraná, o congresso regional contou com o apoio da universidade na disponibilização de espaços, professores palestrantes, coordenação de mesa e avaliação de trabalhos. “Então é mais uma parceria do que um apoio”, aponta Reidy.

De acordo com a coordenadora, é importante que a Universidade se preocupe com questões relacionadas aos direitos humanos, se defendendo de ataques e colocando que a universidade é para todos os segmentos. “A pesquisa e a extensão, para além da formação, tem que causar um impacto na sociedade. A extensão permite que a comunidade venha para dentro da universidade. Por isso precisamos defender a universidade pública”, ressalta a professora.

Palestras

De acordo com a vice-presidenta Elza, o Congresso Paranaense de Assistentes Sociais vem com o objetivo de analisar a atual conjuntura que se encontra o país, abordando a política no geral. “Ser realizado na cidade de Ponta Grossa tem um significado incalculável no sentido de ser em uma Universidade Pública, nesta atuação de tantos ataques à educação e retrocessos. As temáticas vão analisar a situação atual e o mundo do trabalho. É um momento de renovação política teórica”, conclui.

A cerimônia de abertura do evento contou com palestras de Marcio Pochmann, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e Lucia Cortes da UEPG. Os palestrantes abordaram os avanços e retrocessos da categoria de assistentes sociais no Brasil. “Este é um momento que todo o revolucionário sonha”, acredita Marcio. Segundo ele, momentos de dificuldades e crises são importantes para novas transformações. Lucia Cortes relembrou que a categoria “levantou bandeira” durante a ditadura militar, em 1979, junto aos movimentos sociais. “O serviço engrenado pelo assistente social hoje é o mesmo de 40 anos atrás: enfrentar o conservadorismo. ”, observa.

Matheus Rolim

O Jornalismo do “interior” vive um processo sintomático de mal-estar sobre o interesse público

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Há jornais, principalmente os onlines, reiterando estereótipos com foco em interesses específicos de um público. É o caso do portal de notícias aRede que possui uma editoria chamada “homem”, com o intuito de apresentar matérias para o público masculino sem levar em consideração que o jornalismo deve atender ao interesse público. Embora os textos sejam reproduzidos de outros veículos, não se tratando de produções da equipe do portal ARede. Está editoria faz parte do repertório de conteúdos de entretenimento que há em portais. O problema é quando estes conteúdos reforçam perspectivas sexistas. Contudo, quando analisamos a respectiva editoria, percebemos um processo sintomático de mal-estar sobre o interesse público.

            Optou-se por não fazer nenhum recorte de notícias, buscando observar o conteúdo publicado até a página quatro disponibilizado no site. A matéria “Orientadora fala sobre as chances de um segundo encontro”, sobre como as mulheres devem se comportar no primeiro encontro para não afastar ou frustrar ELES, foi uma das que chamou a atenção. Ainda fica pior quando o texto compara o comportamento humano com o animal para justificar que as mulheres devem deixar que os homens as cortejem. Além disso, a matéria coloca a seguinte frase da Orientadora – “homens e mulheres são e serão sempre muito diferentes na maneira de pensar, de agir e de reagir a uma situação”. E complementa: “E o nosso papel é nos deixarmos ser cortejadas”. Criando um estereótipo de que a mulher deve ser submissa aos homens e que não deve tomar a iniciativa, pois, assim, pode afastá-los.

            Outra que despertou atenção foi a intitulada: “Relacionamento sem sexo é possível?” Basicamente a matéria é voltada para criar o estereótipo de que a mulher não pode ser independente financeiramente e sim que precisa de um homem, ou como a própria matéria coloca um “daddy” para bancá-la. Para enfatizar isso o texto traz uma fonte mulher que fala: “[…] Em troca da minha disponibilidade, eu sempre recebia presentes adoráveis e até um curso de fotografia, totalmente pago por ele”.

            Além dessas matérias citadas, outras são pautadas por temas como: cerveja, carros e beleza masculina. Não há problema em produzir matérias sobre os homens, desde que o jornal entenda que não é uma revista masculina, e que essas produções não precisam diminuir as mulheres reiterando estereótipos machistas. Falta ao portal aRede o que o pesquisador e teórico da comunicação Wilson Gomes chama de função de legitimidade social, que é a capacidade do jornalista de produzir notícias, conteúdos voltados ao interesse público com uma base arraigada em valores socialmente reconhecidos e que não se faz apenas pela função prática, mas também pelo valor moral.

              É com essa função social que o jornalismo tem o poder de retirar os cidadãos de atitudes passivas, de fomentar debates e quebrar padrões. Nesse entendimento, a função social do jornalismo é garantida como existência importante na esfera pública/social, pois, se não atendesse a função na qual foi designado se tornaria mero negócio de interesse e perderia a legitimidade.

 

Por Rafael Santos

Pessoas com deficiência visual buscam reconhecimento de direitos

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De acordo com dados do IBGE, mais de 500 mil brasileiros são incapazes de enxergar e outros seis milhões têm visão subnormal

A deficiência visual caracteriza o comprometimento parcial ou total da visão, medido em escala estabelecida pela Classificação Internacional de Doenças – versão 10 (CID 10). De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), os graus de função visual são a visão normal, a deficiência visual moderada e grave e a cegueira. Os graus moderado e grave são definidos como baixa visão (ou visão subnormal) e contemplam indivíduos que podem utilizar auxílios como lentes de aumento e suportes para leitura, mas possuem deficiência que não pode ser corrigida pelo uso de óculos. A cegueira também é dividida em níveis pelo CBO: no primeiro grau, o indivíduo já utiliza o braille mas ainda identifica luzes e sombras, enquanto nos graus mais graves não existe esta percepção.

A pedagoga da Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual (Apadevi) de Ponta Grossa, Angela Moro, que tem baixa visão grave, explica as dificuldades da pessoa com deficiência visual no dia a dia. “Eu uso a bengala para quem enxerga perceber que tem um deficiente visual no caminho e tomar mais cuidado, mas nem todo mundo tem essa sensibilidade”. Segundo ela, exista uma tendência de relacionar a deficiência à invalidez, o que compromete a percepção de que os indivíduos possuem vontade própria. “Quando tentam ajudar o cego, por exemplo, querem nos puxar ao invés de perguntar como gostaríamos de ser conduzidos”, relata.

A legislação brasileira demarca os direitos do portador de deficiência na Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que descreve proteger “em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. A lei mostra especificações da empregabilidade da pessoa com deficiência e demais direitos básicos. Entretanto, Angela Moro relata que como a fiscalização é realizada apenas uma vez ao ano, muitos locais de trabalho contratam o indivíduo com deficiência na véspera da visita fiscal e deixam as regras de lado ao longo do ano, chegando a dispensar o funcionário após a fiscalização.

Em nível municipal, o Decreto nº 13.597, de 20/10/2017, torna obrigatória a disposição de cardápios em braille nos estabelecimentos de Ponta Grossa. De acordo com Cilmara Buss, diretora da Apadevi Ponta Grossa, a implementação da lei é um avanço, mas ainda há muito o que ser feito em relação aos direitos da pessoa com deficiência visual. “Em shoppings e centros de conveniência, a maioria dos restaurantes já possuem o cardápio em braille. Isso oferece independência ao indivíduo, que pode fazer seu pedido sem precisar de auxílio”, destaca a diretora.

Dados registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram mais de 6,5 milhões de portadores de deficiência visual no Brasil, dos quais 528.624 têm a visão completamente comprometida e 6.056.654 apresentam baixa visão.

Por Daniel Lisboa e Rafaela Martins