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O Elos Comunidade foi pensado para você! Nesta publicação foi categorizado lugares e serviços públicos ofertados para toda a sociedade em Ponta Grossa. 
Confira: 

Conheça as instituições e os lugares de apoio a usuários de álcool e drogas em PG

Em Ponta Grossa, há diversos grupos e redes que realizam trabalhos voltados à prevenção e ao tratamento de dependentes de álcool e outras drogas. Além do atendimento oferecido pelo município no CAPS AD, há Organizações Não-Governamentais (ONG), instituições religiosas e de voluntariado, grupos de autoajuda, além de comunidades terapêuticas onde dependentes e seus familiares podem buscar apoio.

Confira a seguir alguns destes locais:

CAPS – Álcool e Drogas

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde municipais que oferecem atendimento diário. Os profissionais da saúde oferecem acompanhamento clínico e atuam para possibilitar a reinserção social de usuários por meio do trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

Contato: (42) 3220-4074 ou 3220-4078
Endereço: Rua Vicente Espósito – Uvaranas
Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8 às 19 horas


Esquadrão da vida (GADEF)

O GADEF é o Grupo de Apoio ao dependente e família que atua na prevenção, reabilitação e ressocialização do dependente, auxiliando na abstinência e contribuindo com estratégias e ferramentas para um novo estilo de vida, orientando também os familiares e amigos.

Atende homens acima de 18 anos
Contato: 99111-8112 ou 99111-7492
http://esquadraodavidapg.com.br/
Endereços:
Av. dos Vereadores, 850 (Sede administrativa do Esquadrão da Vida)
Rua Maria Rita Perpétuo da Cruz, nº 2284 – Oficinas (Comunidade terapêutica)
Horário de atendimento: terça-feira, às 19:30 (entrevistas e triagens para acolhimento na sede administrativa)

AA – Alcoólicos Anônimos

Contato: (42) 3222–2233
Grupo principal: Avenida Doutor Vicente Machado, n°811 – Centro

Grupo Esperança

Endereço: Rua XV de Novembro, n° 120 – Centro
Horário de Atendimento: domingo, das 19h30 às 21h30, segunda a sexta-feira, das 20 às 22 horas

Grupo Vila Nova

Endereço: Rua Esmair Batista de Souza, n° 212 – Estrela
Horário de atendimento: segunda-feira, das 20 às 22 horas e sábado, das 16 às 18 horas

Grupo São José

Endereço: Rua Princesa Isabel, n° 237 (juntamente à igreja São José)
Horário de atendimento: segunda e quinta-feira, das 20 às 22 horas

Grupo 7 de julho

Endereço: Rua Jaguapita, n°295 – Boa Vista
Horário de atendimento: terça-feira, das 20 às 22 horas

Grupo Vanguarda

Endereço: Rua Fagundes Varela, n° 811 – Uvaranas
Horário de atendimento: segunda e sexta-feira, das 20 às 22 horas

Pastoral da Sobriedade

Ação da Igreja Católica que atua em conjunto com outras pastorais, movimentos e comunidades terapêuticas na prevenção e recuperação da dependência química.
Coordenador – Claudimar Barbosa Assessor Eclesiástico – Padre Vicente Edelto Tavares Leite

Contato: (42) 99970-1748
http://diocesepontagrossa.org.br/p_sobriedade.php

Cejocomd (Centro Jovem de Combate às Drogas)

Organização Não-Governamental que atua na área de prevenção e recuperação de dependentes químicos.

Contato: (42) 99929-1426 ou (42) 99982-4681
http://cejocomd.blogspot.com/

Amor Exigente – Grupo Acordar

Grupo de auto e mútua ajuda Contato: (42) 999128463
Endereço: Rua Euzébio da Mota, nº 501- Ronda
Horário de atendimento: reuniões às quintas-feiras, 20 horas

ISR – Instituto de Saúde e Reabilitação

Contato: (42) 3025–1551
Endereço: Rua Balduíno Taques, n° 313 – Estrela

Copiosa Redenção (Chácara Padre Wilton)

Contato: (42) 99158–5366
Endereço: Rodovia BR 373, km 186,2, sentido Conchas Velhas

Espaço Equilíbrio

Contato: (42) 3301–9403
Endereço: Rua Engenheiro Carlos Alberto Hadade, n°101 – Uvaranas
Atendimento: segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas

Conheça as instituições e os lugares de apoio as pessoas idosas de PG

Departamento do Idoso da Fundação Proamor

É ofertado aulas de natação e hidroginástica, além de atividades como caminhada, alongamento e ritmo, bocha, sinuca e carteado. Os serviços são gratuitos e os interessados podem se cadastrar levando: foto 3×4, comprovante de residência, RG, atestado médico para prática de atividades físicas e um atestado dermatológico para as atividades na piscina.

Endereço: Getúlio Vargas, s/nº – Nova Rússia, Ponta Grossa – PR, 84070-550
Contato: (42) 3225-1140

CRAS

Os Cras oferecem diferentes atendimentos para a pessoa idosa, como os cadastros para o cartão transporte com gratuidade, Benefício Prestação Continuada (BPC) e também grupos de convivência. Os Cras também organizam grupos geracionais, que buscam inserir a pessoa em atividades na comunidade.

Endereço: Encontre o CRAS responsável pelo seu bairro

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas)

É responsável por receber denúncias de violência contra o idoso. As denúncias de violação de direitos da população idosa podem ser feitas conforme abaixo:

Disque 100

CREAS 1
Rua Hinon Silva s/n – esquina com a Rua Benjamin Constant
Contato: (42) 3901-1718

CREAS 2
Endereço: Rua Tiradentes, 910 – Centro
Contato: (42) 3901-7052

Outros atendimentos ofertados pelo Município

Fundação Municipal de Promoção ao Idoso – FAPI

Vinculada a Secretaria Municipal de Assistência Social, desenvolve trabalho preventivo. A Fundação estende seu atendimento a pessoas a partir de 55 anos. Atualmente, a FAPI mantém convênio com 09 entidades, 31 grupos e 04 centros de convivência.

Contato:(42) 3225-7370 (42) 3223-8514
Endereço: Rua Joaquim Nabuco, 59 – Centro de Ação Social

Programas: Assessoria a entidades, SOS – Idoso, Clinica de Fisioterapia, aulas de hidroginástica, natação, ginástica, dança e o cadastro de idosos no BPC – Benefício de Prestação Continuada.

Asilos públicos

Asilo São Vicente de Paulo
Endereço: R. Júlio de Castilho, 1104 – Centro, Ponta Grossa – PR, 84010-220
Contato: (42) 3224-0827

Casa do Idoso Paulo de Tarso
Endereço: R. Brasília, 86 – Vila Marina, Ponta Grossa – PR, 84025-270
Contato: (42) 3235-2843

Cajo Assistance
Endereço: R. Alberto João Klas, 1088 – Uvaranas, Ponta Grossa – PR, 84030-525
Contato: (42) 3226-0330

Casa da Acolhida
Endereço: R. Doralício Correia, 316 – Cara-Cara, Ponta Grossa – PR, 84031-190
Contato: (42) 3235-5934

Comeia Espírita Cristã Abgail
Endereço: Rua Estácio Rodrigues Cunha 27 – C ld, Ponta Grossa – PR, 84032-200
Contato: (42) 3235-1848

 

Estudantes se posicionam contra preconceito e discriminação

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O ensaio traz a representação e o posicionamento dos alunos contra o preconceito e descriminação. Em cartazes, destacam o combate ao racismo e à lgbtfobia.

Foto: Alex Dolgan

 

Foto: Alex Dolgan

 

Foto: Alex Dolgan

 

Foto: Alex Dolgan

 

Assistente social e o protagonismo na defesa dos direitos humanos

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Vice-presidenta do CRESS-PR diz que ações realizadas para unidade do movimento são importantes para fortalecer a luta da/o assistente social

O 7º Congresso Paranaense de Assistentes Sociais (CPAS), realizado em Ponta Grossa de 26 a 28 de setembro, contou com o tema “O Trabalho da/do Assistente Social em Tempos de Retrocesso: Defesa de Direitos e Lutas Emancipatórias”. O tema em questão destaca a relevância que o assistente social exerce na educação, na comunidade e cotidiano, dialogando com a atual conjuntura do país, na qual o profissional está enfrentando uma luta pela defesa de direitos.

“Vivemos um momento em que todas as ações que realizamos na unidade do movimento são importantes para fortalecer a nossa luta, para se encorajar e tentar resistir nesta conjuntura tão terrível que estamos vivendo e com tantos ataques”, destaca a assistente social Elza Maria Campos, da comissão organizadora, científica e vice-presidenta do Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR). Elza acredita que o/a assistente social deve construir uma referência teórica, política e marxista na atuação acadêmica e profissional. “Quando falamos em referência marxista, estamos falando de lutas de classes, defesa dos direitos humanos, direitos sociais, a população negra, população LGBT+, mulheres e periféricos”, aponta.

Deby Eidam é assistente social de um centro de educação infantil em Curitiba e participa da câmara temática de Direitos Humanos do CRESS-PR. Para ela, espaços como congressos preparam, atualizam e fortalecem a categoria de assistentes sociais no enfretamento do atual governo. “O Serviço Social tem uma história de muita luta social e resistência. Esses eventos são importantes para que se forme uma conjuntura nacional que possa alinhar nossa categoria para esses enfrentamentos”, acredita.

A motivação de Deby para ser assistente social “vem de uma linha muito sensível”, comenta. De acordo com ela, os afetos e a indignação com os acontecimentos no país fizeram ela seguir carreira. “Embora eu entenda que a unificação e que o enfrentamento sejam fundamentais, o principal é se afetar com o problema do outro. Alguns chamam de sororidade e empatia, mas particularmente o meu motivador é o afeto e coletividade, é sonhar por uma sociedade que volte às suas origens como povo brasileiro miscigenado e livre”, complementa.

A escolha da sede para ser realizado o congresso se deu através do corpo docente e discente da UEPG e sua atuação a partir dos projetos de extensão. “Os temas que temos trabalhado no curso chamaram a atenção do CRESS-PR e então foi solicitado que nós fizéssemos esta parceria, considerando as temáticas que vem sendo trabalhadas na formação”, destaca Reidy Rolim, coordenadora do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). No Paraná, o congresso regional contou com o apoio da universidade na disponibilização de espaços, professores palestrantes, coordenação de mesa e avaliação de trabalhos. “Então é mais uma parceria do que um apoio”, aponta Reidy.

De acordo com a coordenadora, é importante que a Universidade se preocupe com questões relacionadas aos direitos humanos, se defendendo de ataques e colocando que a universidade é para todos os segmentos. “A pesquisa e a extensão, para além da formação, tem que causar um impacto na sociedade. A extensão permite que a comunidade venha para dentro da universidade. Por isso precisamos defender a universidade pública”, ressalta a professora.

Palestras

De acordo com a vice-presidenta Elza, o Congresso Paranaense de Assistentes Sociais vem com o objetivo de analisar a atual conjuntura que se encontra o país, abordando a política no geral. “Ser realizado na cidade de Ponta Grossa tem um significado incalculável no sentido de ser em uma Universidade Pública, nesta atuação de tantos ataques à educação e retrocessos. As temáticas vão analisar a situação atual e o mundo do trabalho. É um momento de renovação política teórica”, conclui.

A cerimônia de abertura do evento contou com palestras de Marcio Pochmann, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e Lucia Cortes da UEPG. Os palestrantes abordaram os avanços e retrocessos da categoria de assistentes sociais no Brasil. “Este é um momento que todo o revolucionário sonha”, acredita Marcio. Segundo ele, momentos de dificuldades e crises são importantes para novas transformações. Lucia Cortes relembrou que a categoria “levantou bandeira” durante a ditadura militar, em 1979, junto aos movimentos sociais. “O serviço engrenado pelo assistente social hoje é o mesmo de 40 anos atrás: enfrentar o conservadorismo. ”, observa.

Matheus Rolim

O Jornalismo do “interior” vive um processo sintomático de mal-estar sobre o interesse público

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Há jornais, principalmente os onlines, reiterando estereótipos com foco em interesses específicos de um público. É o caso do portal de notícias aRede que possui uma editoria chamada “homem”, com o intuito de apresentar matérias para o público masculino sem levar em consideração que o jornalismo deve atender ao interesse público. Embora os textos sejam reproduzidos de outros veículos, não se tratando de produções da equipe do portal ARede. Está editoria faz parte do repertório de conteúdos de entretenimento que há em portais. O problema é quando estes conteúdos reforçam perspectivas sexistas. Contudo, quando analisamos a respectiva editoria, percebemos um processo sintomático de mal-estar sobre o interesse público.

            Optou-se por não fazer nenhum recorte de notícias, buscando observar o conteúdo publicado até a página quatro disponibilizado no site. A matéria “Orientadora fala sobre as chances de um segundo encontro”, sobre como as mulheres devem se comportar no primeiro encontro para não afastar ou frustrar ELES, foi uma das que chamou a atenção. Ainda fica pior quando o texto compara o comportamento humano com o animal para justificar que as mulheres devem deixar que os homens as cortejem. Além disso, a matéria coloca a seguinte frase da Orientadora – “homens e mulheres são e serão sempre muito diferentes na maneira de pensar, de agir e de reagir a uma situação”. E complementa: “E o nosso papel é nos deixarmos ser cortejadas”. Criando um estereótipo de que a mulher deve ser submissa aos homens e que não deve tomar a iniciativa, pois, assim, pode afastá-los.

            Outra que despertou atenção foi a intitulada: “Relacionamento sem sexo é possível?” Basicamente a matéria é voltada para criar o estereótipo de que a mulher não pode ser independente financeiramente e sim que precisa de um homem, ou como a própria matéria coloca um “daddy” para bancá-la. Para enfatizar isso o texto traz uma fonte mulher que fala: “[…] Em troca da minha disponibilidade, eu sempre recebia presentes adoráveis e até um curso de fotografia, totalmente pago por ele”.

            Além dessas matérias citadas, outras são pautadas por temas como: cerveja, carros e beleza masculina. Não há problema em produzir matérias sobre os homens, desde que o jornal entenda que não é uma revista masculina, e que essas produções não precisam diminuir as mulheres reiterando estereótipos machistas. Falta ao portal aRede o que o pesquisador e teórico da comunicação Wilson Gomes chama de função de legitimidade social, que é a capacidade do jornalista de produzir notícias, conteúdos voltados ao interesse público com uma base arraigada em valores socialmente reconhecidos e que não se faz apenas pela função prática, mas também pelo valor moral.

              É com essa função social que o jornalismo tem o poder de retirar os cidadãos de atitudes passivas, de fomentar debates e quebrar padrões. Nesse entendimento, a função social do jornalismo é garantida como existência importante na esfera pública/social, pois, se não atendesse a função na qual foi designado se tornaria mero negócio de interesse e perderia a legitimidade.

 

Por Rafael Santos

Pessoas com deficiência visual buscam reconhecimento de direitos

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De acordo com dados do IBGE, mais de 500 mil brasileiros são incapazes de enxergar e outros seis milhões têm visão subnormal

A deficiência visual caracteriza o comprometimento parcial ou total da visão, medido em escala estabelecida pela Classificação Internacional de Doenças – versão 10 (CID 10). De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), os graus de função visual são a visão normal, a deficiência visual moderada e grave e a cegueira. Os graus moderado e grave são definidos como baixa visão (ou visão subnormal) e contemplam indivíduos que podem utilizar auxílios como lentes de aumento e suportes para leitura, mas possuem deficiência que não pode ser corrigida pelo uso de óculos. A cegueira também é dividida em níveis pelo CBO: no primeiro grau, o indivíduo já utiliza o braille mas ainda identifica luzes e sombras, enquanto nos graus mais graves não existe esta percepção.

A pedagoga da Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual (Apadevi) de Ponta Grossa, Angela Moro, que tem baixa visão grave, explica as dificuldades da pessoa com deficiência visual no dia a dia. “Eu uso a bengala para quem enxerga perceber que tem um deficiente visual no caminho e tomar mais cuidado, mas nem todo mundo tem essa sensibilidade”. Segundo ela, exista uma tendência de relacionar a deficiência à invalidez, o que compromete a percepção de que os indivíduos possuem vontade própria. “Quando tentam ajudar o cego, por exemplo, querem nos puxar ao invés de perguntar como gostaríamos de ser conduzidos”, relata.

A legislação brasileira demarca os direitos do portador de deficiência na Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que descreve proteger “em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. A lei mostra especificações da empregabilidade da pessoa com deficiência e demais direitos básicos. Entretanto, Angela Moro relata que como a fiscalização é realizada apenas uma vez ao ano, muitos locais de trabalho contratam o indivíduo com deficiência na véspera da visita fiscal e deixam as regras de lado ao longo do ano, chegando a dispensar o funcionário após a fiscalização.

Em nível municipal, o Decreto nº 13.597, de 20/10/2017, torna obrigatória a disposição de cardápios em braille nos estabelecimentos de Ponta Grossa. De acordo com Cilmara Buss, diretora da Apadevi Ponta Grossa, a implementação da lei é um avanço, mas ainda há muito o que ser feito em relação aos direitos da pessoa com deficiência visual. “Em shoppings e centros de conveniência, a maioria dos restaurantes já possuem o cardápio em braille. Isso oferece independência ao indivíduo, que pode fazer seu pedido sem precisar de auxílio”, destaca a diretora.

Dados registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram mais de 6,5 milhões de portadores de deficiência visual no Brasil, dos quais 528.624 têm a visão completamente comprometida e 6.056.654 apresentam baixa visão.

Por Daniel Lisboa e Rafaela Martins

 

Comunidade escolhe representantes para Conselho Tutelar

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Eleição ocorre neste domingo na UEPG Campus Central e é aberta a toda população

A eleição dos 15 novos integrantes para a gestão do Conselho Tutelar acontece neste domingo, dia 6 de outubro. A votação será no Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), das 8 às 17 horas. No total, 86 pessoas concorrem às 15 vagas para o cargo de titular, junto com os respectivos suplentes, para assumir a gestão de 2020/2024. Na última eleição realizada em 2015, 189 candidatos disputaram o voto dos mais de 9200 eleitores que foram às urnas.

Para concorrer ao cargo, os candidatos precisam ter idade superior a 21 anos, residir na cidade de Ponta Grossa há pelo menos dois anos, ter experiência de trabalho na área da criança e do adolescente e obter aprovação mínima de 60% no teste seletivo de aferição de conhecimento sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esta última etapa foi realizada no dia 30 de junho deste ano, segundo o regimento do Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (CMDCA).

O Conselho Tutelar é o órgão permanentemente encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes, segundo artigo 131 do Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Estudos, Pesquisa, Extensão e Assessoria sobre Infância e Adolescência (NEPIA), Cleide Lavoratti, mesmo após 30 anos da aprovação do ECA, o Brasil não conseguiu efetivar a lei em sua integridade e ainda é possível presenciar situações de violência e violação dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Para Lavoratti, isso ocorre pela ausência do Estado em implementar políticas públicas de promoção, proteção e defesa dos direitos desses jovens, consolidando o Sistema de Garantia dos Direitos Humanos da população infanto-juvenil. “Os ataques a essa lei são promovidos principalmente por pessoas e segmentos que desconhecem a legislação, os direitos e deveres contidos na mesma e o potencial do Estatuto da Criança e do Adolescente em gerar uma sociedade mais justa e igualitária”, analisa. A coordenadora destaca ainda a necessidade de criação de oportunidades que garantam o desenvolvimento sadio e integral das gerações futuras, por meio da formação de cidadãos responsáveis, críticos e comprometidos com a paz e a justiça social, com a superação das desigualdades sociais.

Lavoratti ainda reforça que os futuros conselheiros devem se posicionar fortemente contra os argumentos autoritários, moralistas e violadores de direitos, buscando sensibilizar e informar a população quanto ao impacto das discussões e medidas presentes no contexto atual – retorno do trabalho infantil, redução da idade penal, violência institucional, dentre outras – que impactam na formação de crianças e adolescentes, defendendo a Proteção Integral e o cumprimento do ECA para que esses cidadãos sejam de fato prioridade absoluta no país.

Para a pesquisadora Alessandra Andri Pagliari, as declarações recentes de ataque ao ECA feitas pelo presidente Jair Bolsonaro precisam ser combatidas de forma veemente pelos futuros conselheiros. “Acredito que no contexto atual – em que a vertente conservadora está cada dia mais presente juntamente a todo o desmonte das políticas públicas – o que esperamos do Conselho Tutelar é um posicionamento voltado à proteção integral da criança e do adolescente”. Para ela, os representantes que atuam nesta área devem saber seus deveres e suas competências enquanto agentes protetores dos direitos fundamentais do público infanto-juvenil.

 

Conselhos em Ponta Grossa

Ponta Grossa conta com três Conselhos Tutelares encarregados de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, sendo eles: o Conselho Tutelar Norte, Leste e Oeste. Cada Conselho é composto por cinco membros para o mandato de quatro anos.

Os conselheiros eleitos devem cumprir horário permanente durante a gestão, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h30. O cargo tem direito a remuneração no valor de R$2.555,26. O conselheiro não poderá exercer cargo na administração pública da Prefeitura durante a gestão. Os conselheiros eleitos serão convocados para participar de capacitação para Conselheiros Tutelares no mês de novembro, realizada pelo NEPIA. A data e local específico serão definidos sob a supervisão do CMDCA, conforme a Lei Municipal n° 13.407/2019.

A coordenadora do NEPIA reforça que o cargo de conselheiro tutelar precisa superar algumas expectativas irreais em relação ao seu papel e função na sociedade (que se confunde com fazer caridade, ajudar os pobres, etc), para que os conselheiros tenham uma atuação de forma ética, competente, crítica e coerente nas situações complexas que envolvem as violações dos direitos humanos de crianças e adolescentes. “Alguns relatos que ouvimos ao longo de mais de 20 anos atuando na área da infância e da juventude é que algumas pessoas querem se sentir úteis, realizando um trabalho com o qual acreditam estar melhorando as condições de vida de crianças e adolescentes; outras possuem motivações religiosas, morais e políticas”.

A coordenadora analisa o desafio apresentado aos conselheiros de atuar na área como garantidores de direitos dos cidadãos infanto-juvenis. “Acreditamos que deva ocorrer um processo de formação continuada com os conselheiros eleitos, para que reconheçam que seu trabalho se situa em uma relação de interdependência com as demais instituições que atendem crianças e adolescentes no município”, explica Lavoratti.

Podem votar maiores de 16 anos, portando documento oficial com foto e título de eleitor residente no município de Ponta Grossa. Serão utilizadas urnas eletrônicas para a votação. Nas cabines ainda serão afixadas listas com o nome e número de todos os candidatos. 

A divulgação dos conselheiros eleitos será realizada por meio de publicação oficial, no dia 8 de outubro. A posse oficial dos eleitos para os Conselhos Tutelares será realizada pelo prefeito Marcelo Rangel e pela presidenta do CMDCA, Cilmara de Fátima Buss de Oliveira, em 10 de janeiro de 2020.

Por Patrícia Guedes

Discussão sobre aborto não pode ser interrompida por mentiras e distorções

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Imagine entrar em seu perfil no Facebook, Twitter ou Instagram e topar com milhares de comentários agressivos, xingamentos e até ameaças. Tudo por causa de uma postagem com informações verdadeiras, retiradas de fontes confiáveis como a ONU (Organização das Nações Unidas) e as leis brasileiras. Pesado, não?

Aí você descobre que as pessoas não estão falando da sua publicação. Elas estão te atacando porque alguém mentiu sobre seu texto, dizendo que é algo diferente do que ele de fato é.

Foi o que aconteceu há alguns dias com as jornalistas da revista AzMina. Depois de o site publicar uma reportagem sobre aborto, as contas da revista, das repórteres e das editoras nas redes sociais receberam enxurradas de mensagens. De xingamentos (que nem dá para reproduzir sem tornar este texto impróprio para menores) até acusações de crime e ameaças.

O texto da revista traz apenas informações, como qualquer reportagem. Informa quais são as condições em que a lei brasileira permite fazer um aborto e quais são as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS, um órgão da ONU) para a realização de um aborto seguro. Simples e claro.

Só que a reportagem virou munição para influenciadores digitais que se dizem defensores de valores familiares. Em postagens cheias de exclamações e indignação, bradaram a seus milhares de seguidores que a reportagem de AzMina é “propaganda do aborto”, um “manual de como fazer aborto”.

Daí para as jornalistas virarem “defensoras do assassinato de crianças” e “criminosas” merecedoras de todo tipo de ofensa foi um pulo. Não importava mais que o texto da revista não diz que as mulheres devem abortar, não ensina a fazer um aborto nem manda ninguém assassinar criança alguma.

Não importou nem para a ministra dos Direitos Humanos, que usou seu Twitter para acusar as jornalistas de criminosas e usou o cargo para encaminhar uma denúncia sem sentido ao Ministério Público Federal.

O aborto é um tema espinhoso. Há quem seja contra em qualquer hipótese, há quem ache que deve ser permitido só em alguns casos, há quem defenda que seja liberado para quem quiser. Em meio a isso tudo, é fundamental lembrar: trata-se de um assunto de saúde pública, mais do que de crenças pessoais.

Mulheres que foram estupradas e que podem fazer aborto de acordo com a lei não têm acesso a esse serviço na rede pública e apelam a receitas caseiras, remédios ou outros métodos que podem deixá-las doentes ou até matá-las. As complicações por abortos realizados sem apoio médico adequado custaram cerca de R$ 500 milhões para o SUS em 10 anos. É questão de política pública, de interesse de todos.

Justamente por isso, o aborto precisa ser discutido. E só é possível fazer bons debates com informações como as publicadas pela AzMina e outros veículos jornalísticos. Mas se grupos e pessoas distorcerem fatos para gerar ataques aos jornalistas sempre que meios de comunicação tocarem nesse assunto, a discussão é que será abortada. Junto com a saúde pública de qualidade para todas as mulheres.

Marina Iemini Atoji

Greve de reportagens: é assim que o jornalismo se isenta do debate

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A Organização das Nações Unidas diz que a crise climática é a maior em, pelo menos, uma década. Apesar do aviso e dos relatórios da ONU alertarem para a mudança climática, as emissões de gases de efeito estufa cresceram em média 1,6% ao ano entre 2008 e 2017. Contudo, a falta de preocupação com o meio ambiente, sobretudo, por parte dos governos e como os países não têm atuado para diminuir os efeitos o mundo caminha para um aumento de temperatura de 3,5º C neste século. “Isso está muito além dos objetivos do Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C, ou, pelo menos, bem abaixo de 2 °C. Se este mundo mais quente se concretizar, todas as previsões de impactos climáticos catastróficos se tornarão realidade. Elevação do nível dos mares, eventos climáticos extremos e danos incalculáveis às pessoas, prosperidade e natureza”, é o que conta o relatório da ONU de 22 de setembro (https://www.unenvironment.org/pt-br/noticias-e-reportagens/story/da-decada-perdida-da-acao-climatica-surge-esperanca).

Diante da preocupação climática e ambiental que o planeta vive e agora com um alerta maior se aproximando foi criado o movimento Fridays for Future, que começou depois que a sueca Greta Thunberg protestou em 2018 em frente ao parlamento de seu país, por três semanas para chamar a atenção para a emergência climática. A atitude da garota inspirou outros estudantes do mundo a começarem a organizar seus próprios protestos. Em 2019 consagrou-se uma Greve pelo Clima em âmbito internacional. Aqui na cidade de Ponta Grossa, o movimento chegou na sexta-feira (20) e se estendeu até terça-feira (24), com diversas atividades debatendo a situação do clima no planeta.

Embora o movimento seja global e a cidade tenha mostrado participação em uma causa tão importante para a humanidade, mais uma vez o jornalismo local tratou do assunto de forma superficial. Os dois sites de notícias analisados, Diário dos Campos e Portal Arede, publicaram a mesma notícia factual assinada pela redação. Mais uma vez, o espaço de debate não foi utilizado e o jornalismo ponta-grossense preso a fatos factuais desperdiçou um gancho para debater a situação do clima e do meio ambiente no município. No entanto, não é de admirar a pouca relevância em relação à situação climática, sendo que o próprio Portal Arede tem uma editoria direcionada para o agronegócio e o Diário dos Campos possui as editorias “Safra” e “Agroleite”.

Embora seja uma escolha da linha editorial dos jornais, o interesse público deve prevalecer, assim como a amplitude do fato. O que fica de reflexão é a greve de reportagens que o jornalismo vive, encobrindo-se de factualidade, discursos diretos e jornalismo declaratório.

Por Rafael Santos

Direitos Humanos na escola, a necessidade de se criar espaços para o debate.

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Em tempos em que o discurso do ódio permeia na sociedade, falar sobre direitos humanos torna-se imperativo, principalmente no meio escolar.

É de conhecimento público que desde 2013 o ensino de Direitos Humanos passou a fazer parte, de forma transversal, do currículo da Educação Básica e do Ensino Superior de todo o país, fundamentado nos princípios de dignidade humana, democracia, transversalidade, sustentabilidade, reconhecimento e valorização das diversidades.


No entanto, infelizmente, nem todas as escolas têm como meta aplicar a proposta do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, que tem como desafio a superação das diferenças no ambiente escolar. É fato que essas diferenças são muitas! Bullying, agressões, intolerância, inversão de valores e descasos indicam a necessidade de se trabalhar nas escolas temáticas como: tolerância, respeito, colaboração e empatia, ou seja, o trabalho com os valores torna-se imprescindível. Para isso, professores, equipe gestora, funcionários e comunidade escolar precisam dialogar sobre esses assuntos nos espaços comuns da escola.


Há várias maneiras de se criar esse diálogo como, por exemplo, ter um grêmio estudantil ativo, já que este é uma organização que representa os estudantes da escola, e tem como maior objetivo unir e movimentar os alunos para a discussão de seus direitos e deveres, debatendo assuntos diversos sobre escola, comunidade e sociedade. O grêmio pode organizar atividades culturais, esportivas e sociais de cidadania. Sendo assim, oportunizando a autonomia aos discentes para que possam fomentar diálogos em relação aos direitos humanos, fortificando ações/atitudes em benefício do meio escolar e da comunidade.


Também é significativo introduzir discussões em sala de aula sobre os direitos já conquistados e os impasses que sempre surgem na aplicação da educação em direitos humanos nas escolas do Brasil. A equipe gestora da escola ou a própria Secretaria de Educação do Estado pode buscar parcerias com outras Instituições para ampliar o diálogo, a mediação e a escuta, pois esses são fundamentais para que se mantenha o respeito e a convivência nas escolas, uma vez que trazer olhares de fora, possibilitam que nossos discentes e a comunidade tenham outras visões, criando criticidade, desenvolvendo essa cultura e permitindo que nossos jovens se expressem e tornem-se verdadeiros cidadãos de bem.


É importante ressaltar que é possível e necessário trabalhar a temática de direitos humanos com os alunos desde a Educação Infantil, explorando através da dimensão lúdica a compreensão, a tolerância, o respeito e a empatia, pois as brincadeiras permitem estimular a criatividade, facilitando o entendimento e a cooperação entre os indivíduos. Sem dúvida, é um ótimo caminho para estabelecer nos pequenos a compreensão de mundo, o que é viver em sociedade.


Outra possibilidade, que os alunos adoram, é aprender através de jogos. Existem jogos gratuitos para download que podem ser trabalhados em sala de aula e que tratam da temática dos direitos humanos. O RECIMAM (Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros) é um sítio que possui jogos que recriam situações de forma lúdica para tratar de temas relacionados aos direitos humanos, apoiando o trabalho docente em sala de aula.


As possibilidades são muitas, o que faltam são profissionais comprometidos em realizar um trabalho em sala de aula que vise a formação cidadã e humana dos discentes. Por isso, é primordial criar espaços nas escolas para trabalhar a educação em Direitos Humanos.

Por Alexandra Nunes

Apesar de avanços, machismo prevalece no futebol

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Formada em Educação Física e Mestre em Ciências Sociais pela UEPG comenta sobre o futebol com a perspectiva de gênero

A seleção de futebol feminino dos Estados Unidos conquistou 4 milhões de dólares com a vitória da Copa do Mundo, em julho deste ano. A seleção masculina da França, com a vitória da Copa de 2018, levou para casa cerca de 38 milhões de dólares, uma diferença quase 10 vezes maior do que a da categoria feminina. “Existe uma hegemonia do futebol em comparação a outros esportes, e também existe uma predominância das equipes masculinas em questão de popularidade”, afirma a pesquisadora na área do Futebol Feminino, Marcela Caroline Pereira. Para ela, essa hegemonia tem origem histórica e cultural.


Entre os anos de 1941 à 1979, sobre o contexto do Governo Vargas, o Futebol Feminino, entre outros esportes, foi proibido no Brasil, sobre a justificativa de que não era compatível com a natureza feminina. Para Pereira, mesmo com o fim da proibição, continuou existindo um estereótipo sobre as mulheres que jogam futebol. “Criou-se uma ideia de que o futebol era para homens, as mulheres que jogavam eram associadas a homossexualidade”, expõe.

 

Foto: Veridiane Parize

A pesquisadora explica que atualmente há um círculo vicioso, em que se as pessoas não assistem, a mídia não publica, o esporte não têm patrocínio, o futebol não tem infraestrutura a por isso o público não vai assistir. “O Brasil é conhecido como o “País do Futebol”, mas do Futebol Masculino”, afirma. Segundo Pereira, a transmissão da Copa do Mundo do Futebol Feminino pela Tv aberta possibilita que mais pessoas conheçam a categoria. “O futebol envolve a emoção de torcer, o público acompanha aquilo que conhece”, explica. Dados da Federação Internacional de Futebol (Fifa), mostram que quase 20 milhões de brasileiros assistiram a última partida da Copa de Futebol Feminino.

A partir de 2019, todos os times da série A do Campeonato Brasileiro de Futebol são obrigados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a possuírem um time adulto e categorias de base femininas. Neste ano, o Campeonato Feminino de Futebol A-1, principal liga do esporte no país, conta com 16 times e é transmitido pelo Twitter, em uma parceria com a CBF e pela rede de Tv Bandeirantes.

Por Daniela Valenga