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Justiça restaurativa: um novo olhar sobre os conflitos

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O ser humano é um sujeito essencialmente relacional, só existe na relação com o outro. O conflito surge do confronto da minha vontade com a do outro e é intrínseco da vida em sociedade, um elemento estrutural de qualquer relação. O conflito não é negativo e não significa violência, pois proporciona aos sujeitos uma oportunidade de mudança – quando estes se dispõem a encontrar uma melhor resposta e estratégias para suprirem necessidades e alcançar objetivos. No entanto, por vezes, ao invés de encontrar e forjar a criação de estratégias por meio de cooperação e parceria para a satisfação de necessidades que potencializam o desenvolvimento humano, muitos utilizam a violência para resolver seus conflitos. E é na violência – impaciente, precipitada e violenta do tempo – que reside a problemática.

Pensar em resolução (ou transformação) de conflitos, impõe analisar todas as causas que contribuíram para aquela situação ao mesmo tempo que se pensa no “desenlace” do aperto e desconforto que esta situação conflituosa causa, porém, de forma não violenta. Para que isso aconteça, a inclusão de todas as pessoas envolvidas no conflito para a construção de uma resposta satisfatória é essencial, uma vez que é delas a prerrogativa de decidir como isso será perfectibilizado e quais as necessidades poderão ser atendidas. À essa mudança de olhar sobre o conflito, chamamos de justiça restaurativa.

A despeito das múltiplas influências que propiciaram o seu surgimento, todas elas convergem quanto às preocupações sobre o crime, à crítica ao sistema penal e suas formas de violação de direitos e práticas de injustiça. Isto posto, a justiça restaurativa contribui para a compreensão da complexidade que são os conflitos de forma inclusiva, já que as ferramentas ofertadas pelo sistema penal retributivo acabam por reificar os envolvidos de forma que estes não veem sentido na punição, seja pelo viés da vítima: que se sente excluída do processo, ou pelo viés do ofensor: ao qual não se oportuniza o processo de responsabilização e reparação de danos.

O sistema restaurativo prioriza o envolvimento dos sujeitos e da comunidade para a resolução ou transformação do conflito com a intervenção da rede de atendimento e de proteção psicossocial calcada em políticas públicas, a fim de amparar as necessidades individuais e coletivas, com base nos princípios inerentes a essa prática, como, por exemplo: a voluntariedade, a confidencialidade e a informalidade. Assim sendo, a justiça restaurativa é considerada uma troca de lentes, um instrumento de devolução do conflito para as partes com a inclusão da vítima e da comunidade no processo, uma política pública de prevenção criminal, porquanto, transforma o sistema meramente punitivo em atividades que conjugam processo colaborativo e participativo e abarque vítima, ofensor e comunidade na construção conjunta e cocriativa da melhor resposta, incluindo a responsabilização e reparação de danos em seu processo.

Por Paloma Machado Graf

Advogada. Mestre em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Facilitadora de Círculos de Construção de Paz e instrutora do Curso de Capacitação em Justiça Restaurativa certificada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e AJURIS.

DCE e Grupo de Identidade de Gênero colocam bandeira LGBT na frente da UEPG

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A fachada do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ganhou as cores da bandeira LGBT na terça-feira (25), em comemoração ao mês do Orgulho Gay. Colocada pelo Grupo Universitário de Diversidade Sexual e Identidades de Gênero (GUDI-UEPG) e o Diretório Central Estudantil (DCE), a bandeira, que representa gays, lésbicas, travestis, transexuais + ficará por apenas alguns dias na fachada na Universidade.

Para a estudante de Letras e membro do DCE, Clara do Prado, é preciso mostrar as cores do grupo e também lembrar os 50 anos do ataque na boate Stonewall. “A intenção era colocar a bandeira no dia 28, pela data simbólica, porém em razão da greve dos professores adiantamos uns dias para que possam ver a bandeira que foi colocada junto com os estudantes, DCE e o GUDI”, explica Clara.

Foto: Luiz Zak
Foto: Luiz Zak

Stonewall- um marco para a comunidade LGBT mundial

Em 1969, frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova York, decidiram se rebelar contra a repressão policial. Naquele tempo, ser homossexual era considerado crime nos Estados Unidos. Vestir peças de roupas que não fossem relacionadas ao que culturalmente se convencionou como ligação ao gênero de nascimento poderia ser motivo para prisão. A venda de bebidas alcoólicas também era proibida para esse grupo.

No dia 28 de junho, a polícia apareceu no bar, como era de costume, batendo e ameaçando prender os clientes, assim como ameaçando prender os empregados por vender bebidas ilegais, e prendendo vários clientes por conta das vestimentas “inapropriadas”. O público que estava no lugar começou a jogar garrafas nos policiais, o que causou confrontos que se seguiram por dez dias.

Um ano depois surge a primeira Parada do Orgulho LGBT

Em 1970, dez mil pessoas se reuniram para comemorar um ano da revolta, dando início às paradas LGBT+, que acontecem em vários lugares do mundo. No Brasil, a mais frequentada é da São Paulo, que no ano de 2019, no dia 23 de junho, reuniu cerca de 3 milhões de pessoas, segundo a organização do evento.

 

infográfico: Confira os dados da AIDS em Ponta Grossa

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De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretária de Vigilância e Saúde do Brasil, no período de dez anos, 2007 a 2017, a taxa de detecção apresentou queda de 9,4%. Vale ressaltar que no estado de Tocantins, não houve declínio, mas um aumento de 142,6%. No Paraná, a taxa de detecção de aids apresentou um declínio de 7,2% neste mesmo período.

No município de Ponta Grossa é possível conferir os dados fornecidos pela Secretaria Municipal da Saúde, apresentado através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET). Confira o infográfico:

Mudança na estruturação das pastas relacionadas à aids

O Governo Federal mudou a estrutura do departamento que cuida especificamente do combate à aids no Ministério da Saúde. Via decreto presidencial, o presidente Jair Messias Bolsonaro determinou que o Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Hepatites Virais e Aids passa a se chamar Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, adicionando outras doenças na mesma pasta que cuida especificamente do HIV.

O Departamento de Aids sofreu uma reestruturação, sendo que algumas doenças como tuberculose e hanseníase, foram inseridas dentro da pasta que trabalha com o HIV. Um dos maiores índices de co-infecção de pessoas que vivem com o HIV é a tuberculose. De acordo com o site UNAIDS, a tuberculose é a doença que mais mata pessoas vivendo com HIV+ no mundo, causando uma em cada três mortes relacionadas à aids.

Por Matheus Rolim

Moro e Dallagnol: parcialidade dentro da lei? Sobre convicções e provas.

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Até meados de 2018, o hoje ministro, e então juiz federal, Sérgio Moro parecia ser uma quase unanimidade nacional, à exceção de uma parcela da população que o via com desconfiança. Camisetas estampadas com seu rosto, e bonecos infláveis do juiz vestido de super-herói eram comuns em passeatas contra a esquerda, o comunismo e tudo isso que estava (está?) aí. As suspeitas sobre Moro partiam, dentre outros fatos, da velocidade que o processo contra Lula atingia na 1ª instância; de meios não processuais legais no desenrolar da Lava-Jato, como as conduções coercitivas sem necessidade e o vazamento de escutas telefônicas; e da falta de provas cabais, mas excesso de convicção dos procuradores e do próprio juiz.

Sobre o último ponto, o mesmo se podia dizer dos desconfiados: tinham convicção de que a atuação de Moro e Dallagnol era política, mas faltavam-lhe provas. Do outro lado, argumentava-se que os processos da Lava-Jato haviam seguido o procedimento legal, sendo ratificados pelas instâncias superiores, de modo a estrear algo nunca visto na história deste país: cadeia para poderosos. Claro, os desconfiados ainda clamavam por “direitos humanos” e “garantismo penal”, apontando inconsistências jurídicas, e até a aceitação de Moro para ser ministro da justiça do governo Bolsonaro, numa politização de sua atividade, o que ele refutou, por alegar que seu cargo era apenas técnico, e não político.

E logo no primeiro semestre de atuação do único Ministro não-político de que se tem notícia – não apenas na história do Brasil, mas da modernidade –, surgiram conversas, divulgadas pelo site The Intercept, que parecem desmenti-lo. Segundo os diálogos, Moro teria conversado diretamente com o procurador Deltan Dallagnol, dando-lhe indicações sobre como proceder nas investigações, dentre outras várias informações.

Não é o intento deste pequeno texto discorrer sobre o conteúdo das conversas, e nem se elas, de fato, ocorreram, mas apenas responder: estas conversas podem ocorrer? Em uma palavra, NÃO. Em um processo penal, exige-se do magistrado a maior imparcialidade possível, pois ele deve ouvir os argumentos de ambos os lados – do réu, defendido por seu advogado; e do autor, que, no caso das ações da Lava-Jato, é o Estado, representado pelo Procurador – e, com base nestas exposições, decidir de que lado a Lei está. Ora, se em boa parte dos processos da Lava-Jato, o Procurador era Deltan Dallagnol, este não poderia conversar com o julgador do caso fora das audiências. 

Tal imparcialidade decorre da famosa separação dos poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público). Na realidade, os poderes não são, realmente, separados, pois atuam por meio de “freios e contrapesos”. Ou seja, é possível que as atuações dos poderes se entrelacem em certos momentos, como quando uma CPI do Legislativo investiga o Executivo, ou quando este veta um projeto de lei daquele. A Lava-Jato, aliás, nada mais é do que, em termos formais, o Judiciário julgando membros do Executivo, em face de investigação promovida pelo Ministério Público Federal. O problema é quando uma das partes tem privilégio a informações, repassadas justamente por quem irá julgar a adequação destas informações no presente caso. Pense bem: caso você fosse réu, acharia justo que o Juiz e o seu acusador conversassem sem o seu conhecimento? Você pode, claro, responder que nunca fez nada de ilegal, e nem será réu em um processo penal. Mas, ainda assim, a lei não é a mesma para todos? Vejamos o que dizem alguns dispositivos legais sobre isso:

 

Declaração Universal dos DH (1948). 

Art. 10º. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

 

Código de Ética da Magistratura

Art. 7º A independência judicial implica que ao magistrado é vedado participar de atividade político-partidária.

Art. 8º O magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distância equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito.

 

Código de Processo Penal (Decreto Lei nº 3.689/1941).

Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: […] IV – se tiver aconselhado qualquer das partes [lembrando que, no caso, o MP é parte];

 

Os artigos são bastante claros. E caso as conversas entre o Juiz Moro e o Procurador Dallagnol sejam mesmo ilegais, então a atuação do magistrado será suspeita, de acordo com o citado artigo 254 do Código de Processo Penal. E é exatamente isto que os defensores remanescentes da Lava-Jato não querem que ocorra, pois outro artigo do mesmo Código teria que ser acionado, qual seja: 

 

Código de Processo Penal (Decreto Lei nº 3.689/1941).

Art. 564. A nulidade [do processo] ocorrerá nos seguintes casos: I – por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;

 

Em outras palavras, todos os processos da Lava-Jato julgados por Moro seriam anulados. Diante disso, resta aos brasileiros, tão sedentos por Justiça, questionar aos poderes republicanos: comprovando-se a veracidade das conversas, haverá convicção suficiente para se fazer respeitar a atuação dos Poderes dentro dos limites legais? Ou os fins justificam os meios, de modo que, como diz Walter Benjamin, “nenhum sacrifício pela nossa democracia é demasiado grande, menos ainda o sacrifício temporário da própria democracia”?

Por Pedro Miranda

O jornalismo ainda é um espelho inquebrável de representações, quantificações e superficialidades

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Embora a Globo tenha anunciado a transmissão, pela primeira vez, da Copa do Mundo de Futebol Feminino que teve sua abertura no dia 07 de junho e vai até o dia 07 de julho, podemos ver disparidades gritantes entre a cobertura da copa feminina e a cobertura que ocorreu na Copa do Mundo de Futebol Masculino no ano passado entre os dias 14 de junho a 14 de julho.

Fazendo uma análise entre o que já foi apresentado pelo jornal Diário dos Campos sobre a Copa Feminina e o que foi apresentando um ano antes, na Copa Masculina, conseguimos perceber o nível de representatividade bem maior de matérias sobre a Copa do Mundo Masculina. A datar da abertura da Copa Feminina no jornal Diário dos Campos em que só foram apresentadas oito matérias de assessoria a respeito dos resultados dos jogos da seleção brasileira, até agora.

Em todo caso, quando você busca na barra de pesquisa disponível no site do jornal por: Copa do Mundo Masculina 2018, se depara com uma infinidade de matérias. Algumas matérias ainda são datadas de três meses antes e falam sobre diversos assuntos envolvendo a Copa. Alguns exemplos são: Pesquisa sobre o quanto o brasileiro está interessado na Copa do Mundo Masculina; O que as seleções da Copa do Mundo tem a ensinar para o mundo dos negócios; UEPG flexibiliza horários de expediente na Copa do Mundo; Portadores do cartão Sicredi Visa concorrem a viagens para a Copa do Mundo; outra mostra que o brasileiro está mais interessado na Copa do Mundo do que com as eleições ou a lava jato; teve ainda matérias envolvendo o comércio ou o país em geral e de cobertura de outros jogos, sem ser apenas do Brasil.

Assim pergunto: Onde está a transmissão efetiva que foi prometida? E se o Diário dos Campos publicou no ano passado sobre o comércio estourar com a Copa, os horários mudaram por conta de “todo os jogos”, e o álbum de figurinhas da seleção brasileira formar mesas de trocas de figurinhas, nas praças da cidade, e um sentimento de comunidade. Onde estão todos esses eventos típicos em copas do Mundo? Onde está e euforia do País que tem orgulho de dizer que é conhecido pelo ótimo futebol.

Mas se pararmos para analisar, embora a transmissão da Copa do Mundo de Futebol Feminino seja um passo de grande importância não só para o futebol feminino, e para a conquista e luta feminista, além de ser importante para todas as mulheres e para o País. Não podemos deixar de questionar que a representatividade não se dá apenas pela aparição, ou quantidade, também está na forma como representamos, damos relevância. E no jornalismo a forma como contamos a história, construímos a narrativa e damos importância é um processo de extrema reflexividade. Não se trata apenas do O que? Quem? E Onde? Temos também o Como? De Que forma? E Por que?

Embora a transmissão da Copa Mundial Feminina seja um grande passo, os jornais, tanto televisivos, quanto portais e sites precisam rever os conceitos do Jornalismo. Quebrar o escudo feito de espelho em que tem se escondido, parando de refletir o que já lhe é dado e começar a produzir o que está além da superficialidade.

Por Rafael Santos

Atividade do Projeto Compartilhe a Viagem na UEPG

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Na quinta-feira, dia 14, ocorreu a chegada da maleta do projeto Compartilhe a Viagem, no bloco A do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). No evento, organizado pelo curso de Serviço Social, imigrantes e refugiados na cidade compartilharam suas experiências e também foram distribuídas cópias do livro “Internacionalização e Intercâmbio”, da professora Edina Schimanski.

O projeto Compartilhe a Viagem busca abraçar outras culturas e fazer imigrantes e refugiados se sentirem acolhidos no país que habitam e lhes convida a escrever sobre suas histórias ou colocar algum objeto significativo de sua cultura na maleta. A maleta roda de cidade em cidade e tem como destino final chegar até o Papa Francisco, no Vaticano.

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Fotos: Vitória Rosa

 

 

Manifestantes ocupam a principal rua da cidade no 14J em Ponta Grossa

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Estudantes, professores, servidores e integrantes de sindicatos protestaram na sexta-feira (14) em defesa da Educação, contra a reforma da Previdência e contra as medidas adotadas pelo governador Ratinho Júnior (PSD). Às 7 horas, professores e alunos organizaram piquetes nos Campi da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Às 9 da manhã, os manifestantes se reuniram na Praça Barão de Guaraúna, e por volta das 10h30, seguiram em marcha para o Parque Ambiental.

Durante a concentração do protesto na Praça, a escadaria da Igreja do Polacos ficou interditada o tempo todo em que os manifestantes ficaram reunidos, pois era realizada uma limpeza no local. O advogado e membro do Partido PSOL, Leandro Dias, reclama que a interdição da escada foi uma forma da administração da igreja tentar proibir o protesto. “Chegamos para nos manifestar, democraticamente, e nos deparamos com essa cena patética, a escada proibida de ser acessada e os limpadores jogando água nos manifestantes e nos cartazes” reclamou Dias.

foto: Luiz Zak

No momento em que os manifestantes chegaram ao Parque Ambiental houve tumulto provocado por um motorista que avançou com o carro em direção aos participantes. A polícia interveio e o motorista foi retirado do local.

Na parte da tarde, os manifestantes voltaram a se reunir da Praça dos Polacos para a programação cultural, com declamação de poesias e músicas. Às 19h30, seguiram novamente para o Parque Ambiental, onde o ato foi finalizado.

Desdobramento de atos anteriores

A Greve Geral da última sexta-feira (14) foi um desdobramento dos movimentos do dia 29 de abril, 1º, 15 e 30 de maio contra a reforma da Previdência e os cortes na educação pública dos governos federal e estadual.

foto: Luiz Zak

Uma das reivindicações dos servidores do Estado que participavam do protesto é pela reposição das perdas salariais em função da inflação, que já somam 17,04%. A medida havia sido adotada pelo ex-governador Beto Richa (PSDB) e mantida na gestão do atual governo. Para a professora do Departamento de Educação da UEPG e vice-presidente do Sindicato dos Professores da UEPG- Sinduepg, Carina Alves da Silva Darcoleto, os atos do 14J servem para mostrar à população as repercussões de ações dos governos de Jair Bolsonaro (PSL) e de Ratinho Junior (PSD). “A nossa luta é geral, todos os trabalhadores do Brasil unidos nessa luta. Nos últimos atos, nós estivemos nas ruas mostrando a necessidade de estar na greve pela manutenção e investimento de recursos na área da educação também no Paraná”, ressaltou Carina.

A Greve Geral do 14 junho, de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi aderida por 26 estados e no Distrito Federal e mais de 380 cidades registraram paralisação de atividades em repúdio às medidas do governo de Jair Bolsonaro.

 

Texto e fotos: Luiz Zak

Religiões de matriz africana promovem evento contra discriminação

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Aconteceu no segundo domingo deste mês (9) o 3° Encontro Pelo Fim da Intolerância Religiosa, no Parque Ambiental. O evento, organizado pela comunidade das religiões de matriz africana de Ponta Grossa, foi promovido após ataques contra terreiros nacidade. Participantes da atividade relataram casos de processos, impedimento de aquisição de imóveis, ataques pessoais, depredação dos locais de culto e perseguição na internet.

Casos de intolerância religiosa, como os que ocorreram emPonta Grossa, são frequentes no Brasil. Uma matéria do O Globo indica aumento de quase 50% das denúncias de agressãoa praticantes de Candomblé e Umbanda no ano passado. As queixas vão desde tentativas de impedir a realização dos cultosreligiosos até ataques verbais e físicos.

A Mãe Simone, mãe de santo do terreiro de Umbanda e Kimbanda Cacique Tupinambá e Reino das Encruzilhadas, contaque, mesmo com as hostilidades, a luta pela liberdade religiosa continua.

apedrejaram a minha casa, o meu terreiro, me ofenderam na rua, nos processaram por maus tratos animais… A gente não sacrifica animais, isso é uma falta de conhecimentotremenda. Quando essas coisas acontecem, eu levo pra Justiça. ganhei dois processos por intolerância religiosa e voucontinuar lutando. Eles não vão calar os nossos tambores”, afirma.

O encontro surgiu da necessidade de afirmar a religião de matriz africana como culto espiritual em situação de igualdade com outras doutrinas mais difundidas. “Todo mundo têm o direito de ter a sua religião, não é mesmo? O Estado é laico, as pessoas não podem achar que o outro é inferior por causa da religião”, defende Marcia Rodrigues, uma das idealizadoras do evento.

Rodrigues reitera que o encontro não é fechado aosseguidores da Umbanda, mas é um convite para que todas as religiões se reúnam e convivam em harmonia. “Eu não sou da Umbanda, mas conheço muitas pessoas que são. É pelos relatos dessas pessoas que a gente começou com a ideia do evento”, relata.

De acordo com o Artigo 208 do Código Penal brasileiro, intolerância religiosa se qualifica comoscarnecer de alguémpublicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedirou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, com pena de um mês a um ano de detenção ou multa.

Para denunciar casos de intolerância religiosa, é possívelligar para o número 100, o canal de denúncias a violações dos Direitos Humanos, ou pelo site www.disque100.gov.br.

 

Por Daniel Lisboa e Rafaela Martins

Elos oferta mais uma oficina para estudantes do Ensino Médio

No último dia 03, foi realizada uma oficina de editoração de jornal para os alunos do Colégio Estadual Regente Feijó, ministrada por Matheus Rolim e Patrícia Guedes, ambos estudantes de Jornalismo e integrantes do Projeto de Extensão Elos. Os alunos do Colégio vieram até a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e receberam instruções para a diagramação do primeiro jornal impresso. A oficina faz parte da primeira etapa da parceria entre o Elos e o Regente Feijó.

Foto: Matheus Rolim



Para Vitoria Karoline Schneider, 17, participante da oficina e estudante do 3º ano do Ensino Médio, a atividadefoi bastante produtiva. “Ajudou nesse processo de fazer e finalizar o jornal, foi falado alguns detalhes que a gente não tava prestando a atenção direito”, relata. Para Vitória, a maior dificuldade foi começar a realizar as produções do jornal, “no começo foi bem complicado, não tínhamos ideia de nada, mas agora tá saindo”, comentou.

No começo deste ano, a equipe do Elos realizou uma primeira conversa sobre jornalismo impresso com alunos do Colégio Regente Feijó. O contato foi através da professora Alexandra Nunes, que havia trabalhado com o projeto em 2018, quando lecionava em outra escola estadual da cidade. A equipe do Elos vai acompanhar e auxiliar os alunos durante a produção do jornal, o Regente Notícias.

O Projeto de Extensão Elos é atualmente parceiro de três escolas de Ponta Grossa que realizam atividades de comunicação com seus estudantes. A partir de oficinas e espaços conjuntos de reflexões e trocas de experiências, são desenvolvidas atividades de comunicação e jornalismo no Colégio Estadual Professor Meneleu Almeida Torres, Colégio Estadual Profª Elzira Correia de Sá e Colégio Estadual Regente Feijó.

 Matheus Rolim 

Decreto de Armas

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O podcast Elos em Movimento está de volta! Nesta edição, nós convidamos o doutor em Sociologia Aknaton Toczek Souza, especializado em Sociologia Política, Criminologia e Direito Penal, para explicar as recentes mudanças no decreto de armas. O entrevistado falou também sobre a pressão política por trás das alterações, como o novo decreto impacta na violência contra a mulher e como a prática de tiro pode influenciar de forma direta nos processos de socialização de crianças e adolescentes.